maturidade emocional?

Hoje me deparei com uma situação, digamos, inusitada. Alguns me disseram que poderia até ser falta de maturidade emocional, outros me disseram que poderia ser manipulação, e eu na verdade em meio a esse bombardeio de informações fiquei sem entender o que realmente estava acontecendo.

É claro que quando analisamos os fatos "de fora", ou quando não somos nós quem passa pelo problema, tudo se torna limpo como a água, as soluções estão na cara. Quando acontecem conosco, as soluções ficam claras como água barrenta. Arde nos olhos, deixa nos sentindo imundos, implorando clemência e por água cristalina.

Maturidade emocional não implica apenas "esse não pode se envolver, porque não tem maturidade emocional", mas é a arte de aprender a conviver com pessoas, seja em casa, com a esposa ou o marido, com o(a) namorado(a), ou mesmo com seus pais, com seus amigos.

Todas as pessoas com as quais convivemos criam laços conosco, e esses laços acabam por nos pedir atenção. Se os amigos não precisassem de nós, ou vice-versa, eles não se chamariam amigos. Se as pessoas com as quais possuímos algum relacionamento não precisassem de nós, eles não diriam que nos amam e que não sabem viver sem a gente.

Já dizia Antoine Saint-Exupéry que "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas", naquela passagem em que a raposa e Le Petit Prince entendem que serão amigos, e percebem as responsabilidades que isso acarreta. Todo e qualquer relacionamento implica em responsabilidade, se alguém te ama, sinta-te responsável pelo amor que ela tem a ti. Se alguém te odeia, faça com que essa pessoa perceba que o ódio nos faz piores.

Pior do que falar na cara é falar sem olhar nos olhos.

Mariana Villa Real
Enviado por Mariana Villa Real em 31/03/2007
Código do texto: T432756
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