As Conchas

Passeando pela praia e observando o vai-e-vem das águas, chamou-me atenção a criatividade e sutileza

Dele ao criar conchas coloridas, espessas, claras, matizadas, unicolores, pequenas, grandes,enfim uma diversidade imensurável!

Lá estavam adultos deslumbrados, crianças eufóricas, ágeis como se estivessem recolhendo preciosidades. Uns criteriosos, outros aleatoriamente. Depois iriam selecioná-las de acordo com sua criticidade, descarcartando as demais. As crianças com pureza d'alma certamente guardariam todas. Levariam-nas com carinho. Imbuídas do espírito lúdico e angelical, sempre que recebessem visitas de outra criança as mostraria com o entusiasmo de um antiquário. Já um adulto com habilidades artísticas e muita criatividade observaria mínimos detalhes, valorizando-as.

As conchas que não foram recolhidas, talvez por estarem ocultas na areia, lá ficariam à espera de uma onda benevolente que, quem sabe as mudaria de lugar

ou até mesmo as encobriria mais com uma espessa camada de areia, ficando para sempre no anonimato!

Passamos pelo mesmo processo de seleção em

nossas vidas. Inúmeras vezes, ficamos à mercê dos critérios seletivos e do poder hierárquico de alguém, que usando instrumentos avaliativos, ignoram nossas habilidades e potencial. Abrindo ou dificultando nossa passagem por este ou aquele caminho. E quando nos acomodamos, atribuímos essa postura ao destino. Mas, sejamos persistentes na conquista de nosso ideal. As facilidades nos acomodam, chegando a nos conduzir ao fracasso. Então, façamos das dificuldades um desafio para nossa persistência e fortalecimento para a nosso desejo de vencer!.

Seja persistente, crítico e acredite que você é capaz, que você pode! Seja feliz!

Maria Helena
Enviado por Maria Helena em 19/08/2005
Reeditado em 23/08/2005
Código do texto: T43794