Quem é o culpado?

Porque será que algumas pessoas insistem em ser infelizes? Estão sempre procurando sarna pra se coçar, como diria meu pai. Essas pessoas vivem tentando achar culpados para tudo. Se algo aconteceu, dizem elas, tem que ter um culpado. Quando não se sabe de quem é a culpa, elas elegem um. Afinal alguém tem que pagar! Nessa tentativa de “fazer justiça” não percebem o mal que fazem para si mesmo. Um grande sábio já disse um dia “Não julgues para não ser julgado” (Mateus 7). Quando as pessoas ouvem isso, por alguns momentos posam de boazinhas e põe a mão no peito dizendo “minha culpa, minha máxima culpa”. Pronto. Achou um culpado! Ela mesma! Mais uma vez a necessidade de julgar algo ou alguém e condenar o “réu” nem que seja ela própria. Será que não está na hora de trocar o “chip” como diz aquela operadora de celular?! Trocar o chip nesse caso é mudar de atitude em relação a vida. Ver as coisas com olhos do bem tentando entender, perdoar as falhas dos outros e as suas também. É preciso entender que há coisas no mundo que dá para mudar e outras não. Devemos agir positivamente, para mudar as coisas que são mutáveis e desviarmos das imutáveis. A menos que você seja um profissional da área da psicologia, por exemplo, você não deve tentar resolver os problemas da humanidade. Primeiro resolva o seu, depois, se sobrar tempo, pense no problema dos outros. Aliás nem pense nos problemas, concentre-se na solução de seus problemas. Desviar-se das reais necessidades para ficar brigando com fantasmas é muito comum entre as pessoas infelizes. Por exemplo, muitos sabem dizer com precisão a escalação de seu time para o próximo jogo. Sabem o nome de cada jogador e seu posicionamento em campo, mas não sabem como seu filho está na escola. Não faz a menor idéia de como seu filho está sendo escalado no jogo da vida. Aliás, muitos desconhecem que esta vida é um jogo e que é preciso saber jogar. Vivem uma vida de ilusão e esquecem de voltar-se pra a realidade. Afinal o que é a realidade, alguém poderia questionar. Albert Einstein definiu realidade como sendo “meramente uma ilusão apesar de ser uma ilusão muito persistente”. Uma ilusão tão persistente que nos obriga a dobrar-se a sua insistência ou negarmos sua existência. Essa negação se dá através dos apegos a outras formas de ilusão “mais fáceis” como futebol, novela, cuidar da vida dos outros, etc. A única forma de mudar a realidade é através do conhecimento. Conhecer a própria realidade que se vive. Interessar-se pelos filhos, pais, irmãos, avós e nas pessoas próximas. Ver em cada um seus aspectos positivos e entender suas falhas. Não julgar. Não passar a vida procurando culpados, nem culpar-se pela vida que leva. Concentre-se no que a vida lhe oferece de bom e saudável e viva melhor! Deixe os julgamentos para os juízes e promotores. Donizete Romon – Jornalista e palestrante www.facebook.com.br/petecaeventosQuem é o culpado