Fora do padrão

Você sem sente meio fora do padrão? Parece que o mundo segue em linha reta e você esta fazendo muitas curvas? Não se preocupe você não está sozinho nessa. Muita gente vive angustiada tentando acompanhar o chamado progresso. Tentam ajustarem-se aos “padrões” e serem consideradas normais. No entanto quanto mais se esforçam, mais se enrolam. Ao invés de ficar tentando adaptar-se, o melhor investimento que se pode fazer é o autoconhecimento. Você realmente se conhece? Sabe quem você é? Sente-se o patinho feio frente aos ditames da sociedade? Se, por alguns instantes, você puder deixar seu orgulho de lado irá perceber que sabe muito pouco a respeito de si mesmo.

No corre-corre do cotidiano não nos sobra tempo para cuidarmos de nosso mais precioso bem. Nossa própria vida! Levantamos e, após uma breve atenção para nós mesmos, como escovar os dentes e talvez um banho, tomamos um café – nem sempre como se deve – e rumamos para o trabalho. Lá vamos cuidar da vida dos outros. Mesmo que você seja dono do negócio, você precisa dar atenção às necessidades do cliente, do governo, do concorrente, da esposa ou esposo, dos filhos e se sobrar um tempo, prá você. Como empregado ainda tem que cuidar, e muito bem, das necessidades do patrão. Tudo isso se transforma numa roda viva na qual você não consegue ter domínio total. Fica tudo por conta do automatismo. A mente consciente fica à deriva e passa a valer o “vamu que vamu”. José Luiz Tejon, palestrante e professor da FGV escreveu que “lutamos para ser iguais a todo mundo e não para encontrar a nossa legítima autenticidade, nossa originalidade. E, no final, vivemos outras e todas as vidas, menos a nossa”. Isso é muito sério! Especialmente se levarmos em consideração que a vida é finita, ou seja, um dia acaba. E não adianta achar que vai ter outra para remediar esta. Se tiver, esperamos que sim, será uma vida bem diferente com novos valores. Este nosso “padrão” certamente não se aplicará na “eternidade”. O negócio é aqui e agora!

Como podemos equilibrar o desejo de ser quem somos e ainda atender as necessidades impostas pela sociedade? Como posso ser feliz e fazer as coisas que gosto sem dinheiro? Sem tempo de lazer? Se você ousar ser diferente do “padrão” certamente enfrentará algumas hostilidades. De acordo com o Dr. Leonard Felder “muitos grupos-desde famílias até corporações- são reféns de um fenômenos de pensamento grupal que os levam a atacar qualquer pessoa ou ideia que seja original, nova ou diferente. Quase como um sistema imunológico, que tenta aniquilar qualquer corpos estranho, eles tronam-se automaticamente defensivos ou doentios em relação a qualquer coisa que não seja suavemente familiar e a qualquer um que não se encaixe em seu estreito molde”.

Em vista disso tudo só temos duas alternativas. Lutar ou acovardar-se. Quem tenta não escolher uma dessas alternativas certamente seguirá o velho refrão do Zeca “deixa a vida me levar, vida leva eu”. Na verdade esse tipo de pensamento é uma forma de entreguismo, ou seja, de covardia diante da vida. Entregar-se aos sabores das marés e deixar o barco seguir seu rumo é um pensamento retrógado com relação ao viver. Nenhum barco segue sem rumo a menos que esteja à deriva, sem comando. Neste caso seu destino será arrebentar-se sob o poder das ondas do mar bravio que o arremessará contra as rochas. Tente identificar quais ondas exercem o poder sobre seu destino e assuma o poder sobre seu “barco”. Busque informação no GPS do conhecimento, no poder da fé, no pensamento positivo e honre, com todas as glórias, o poder que Deus lhe deu de comandar seu destino!

Donizete Romon é jornalista e palestrante. Para contratar palestras para sua empresa ou instituição acesse www.facebook.com.br/petecaeventos