PAR OU ÍMPAR

Bárbara, de cinco anos e Fernanda, da mesma idade, estavam brincando na casa da avó, depois que chegaram do colégio.

- Bárbara, eu jogo primeiro.

- Não. Sou eu, Nanda.

- Você já jogou. Agora, é a minha vez

- Mentira sua. Quem jogou foi você.

- Mentirosa é você. Sou eu e pronto.

- Então, eu saio do jogo.

- Pode ficar, Bárbara. Vamos tirar par ou ímpar?

- O que é isso?!

- Não sei. Vi isso no meu colégio, hoje.

- E como a gente faz?

- Vamos perguntar pra vovó, que ela sabe tudo.

A avó deixou o crochê de lado e explicou para as netinhas.

- É assim, Bárbara: você tem duas laranjas. Como é que fará para dividi-las com sua prima?

- Dou uma pra Nanda e fico com a outra, oras!

- E se você tiver três laranjas?

- Dou uma pra ela, fico com uma e parto a outra no meio. Ih, vovó, não tenho faca!

A avó queria que sobrasse uma fruta, para poder mostrar às meninas que uma é ímpar, e que a divisão é mais difícil.

A idosa continuou com toda paciência.

- Bárbara, e se eu te der quatro laranjas?

- É fácil, vovó. São duas pra mim e duas pra Nanda.

- Certo. Se eu te der cinco?

- Vovó, olha aqui: eu dou logo três pra minha prima e fico com duas, porque não tenho faca. E sabe de uma coisa? Esse negócio de dividir é muito complicado pra mim.

Nanda, vamos continuar o jogo? Você pode jogar primeiro.