LÓGICA DO DECÊNIO

Essa prosa inequívoca, fecunda e anula um Deus, mesmo que venha o ateísmo cego, organizado em romarias fundamentalistas de ateus. Não cabe salientar que fica à margem de quaisquer que sejam às destilarias sufocantes quanto à rigidez horária dos dias. Permanecem trancadas no interior das personagens, protagonistas inexistentes de minha história pragmática, ou nas coadjuvantes inconvenientes, fatalistas! Nelas, uma tênue religiosidade se permite presente.

Nem sei o que delineio neste exato momento, pois que em tempos recentes não pensei em pergunta alguma, ou nunca segui tendência nenhuma. O que minha mãe deprimida fez de mim? Nada fez quando me afirmei jovem e comunista engajado; hoje apolítico condicionado, e anarquista apaixonado.

Pobre, pobre mulher, encanta-me pelo inconseqüente reflexo, e um belo estrabismo, denotando à infiel extensão da espécie, traindo-me em seu corpo, sorrisos, súplicas e tudo mais!

Aqui sentado, sou escravo da liberdade concedida sob olhares atentos da sociedade, na qual se respeite seu título conferido de “Madre”. Será o veredicto continuar redizendo-me:-“responsável pelos atos”... As amizades somem instantaneamente. Reverberam-se no tempo novas projeções econômicas, perfis acadêmicos, análises mercantis, quanto às estagnações sistêmicas e aerodinâmicas.

RODRIGO PINTO
Enviado por RODRIGO PINTO em 02/12/2004
Código do texto: T462