Abrindo falência (EC)

Há palavras que não gostaríamos nem de ouvir, que dirá testemunhar o verbo em ação! Assim é com: fracasso, perda, falência. Mas nem por isto seus fantasmas deixam de apontar os dedos de ossos finos em direção a nós. Quem vende histórias de fracasso? Imagine, numa prateleira de autoajuda o livro: A arte de ser um bom fracassado. Ou o luminoso na esquina: Boteco do Fracasso (este iria “bombar”, pois pinguço gosta de novidade). Ainda, sermos atendidos 15 minutos após a discagem e ao invés do irritante trio gerúndio: vou estar lhe transferindo..., ouvir da mocinha da operadora de comunicação: vou estar lhe fazendo perder um tempinho. Fracassar, perder ou falir nada mais é que parte da experiência da tentativa. Nada mais é que errar. Somos humanos, mas temos um grave problema de rejeição com o erro. No âmbito político, nem se fala! Ninguém nunca erra. Quando muito, não sabiam... Claro que há quem se profissionalize na coisa. Tem mais! A falência é legal. Da pessoa natural, pela falência de órgãos passamos desta para outra que, a não ser que Roque Santeiro venha nos dizer, não saberemos se é para melhor. De minha parte, sou tolerante à ignorância e não pretendo saber tão cedo. Nem sempre legal significa bacana. Nos currículos atuais há programa de curso para ensinar a moçada a abrir e gerir uma pequena empresa, de modo a pelo menos obter o retorno do dinheiro empregado no final de dois ou três anos. Ainda que o empreendedor não saia com lucro, se funcionar o projeto ensinado na faculdade, levará para outro ponto a marca ou nome da empresa e a experiência. Pois bem, sabe a Lei nº 11.101, de 2005, Lei de Falências? Não tem nada a ver com o texto, mas bem que eu poderia encher de osso por aqui só para não escolherem mais temas como este.

 

Este texto faz parte do Exercício Criativo “Abrindo Falência”
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