MEU OLHAR SOB O TEU MANTO...
Fortaleza, de lírico solar, terra alencarina de cenários que a natureza desenhou e um dia teu povo converteu em cenografia para tantas lutas que fizeram História . Minha cidade-luz, onde o primeiro grito de liberdade para os oprimidos da escravidão ainda ecoa, sob o olhar atento do Dragão do Mar – emblemática representação do libertário. Por vezes eu me perco na estética urbana de praças que evocam o passado e se fazem carregar de encantamentos palpáveis e, com a mesma intensidade, abraço a dimensão das tuas vias retilíneas; faço do calçadão o meu caminho, nunca barrado por vozes polifônicas nem pela diversidade de cheiros que se misturam e evidenciam teu cosmopolitismo, cidade minha, cidade nossa. Busco a visão do horizonte, que o tempo e os espigões acharam, por bem ou por mal tornar imperceptível... Mas ainda me restou o mais onírico entardecer, quando e onde jogo o meu olhar na direção de mundos tão longínquos...
Cidade de culinária tropical e por isso mesmo tão rica e diversa. Fortaleza de marcos culturais, entre os quais tuas rendeiras vão tecendo arte em fios de puro linho, onde os amantes contemplam as madrugadas de luar, repletas de delírio sentimental. O mar de Iracema e suas ondas em que sereias cantam na alvura das espumas e como fluidas tecelãs, bordam meus pés quando vêm beijá-los. Em tuas areias construí meus castelos e neles habitaram meus sonhos de infância, fiz o meu pequeno reinado, que se findava a cada novo pôr do sol. Esses verdes mares, não só bravios, mas de indizível beleza, com paisagens de esmero deslumbramento, trazem-me uma poética inquietude nos olhos. Entre as velas do Mucuripe, as jangadas são como vastos lençóis lançados ao oceano e feito asas colossais ao sabor do vento.
Fortaleza, Musa generosa dos poetas! De dia, tu és a “Loira desposada do sol” que De Paula Ney contemplou em ricas linhas de um soneto. À noite, vejo-te a nativa Iracema, virgem dos lábios de mel” que José de Alencar eternizou. Amo-te tanto Fortaleza, e sob o teu rico manto que reluz, deixarei repousar eternamente os olhos meus.
FELIZ ANIVERSÁRIO FORTALEZA
PARABÉNS PELOS 288 ANOS!!!
Estátua de Iracema, lagoa de Messejana.
Fortaleza, de lírico solar, terra alencarina de cenários que a natureza desenhou e um dia teu povo converteu em cenografia para tantas lutas que fizeram História . Minha cidade-luz, onde o primeiro grito de liberdade para os oprimidos da escravidão ainda ecoa, sob o olhar atento do Dragão do Mar – emblemática representação do libertário. Por vezes eu me perco na estética urbana de praças que evocam o passado e se fazem carregar de encantamentos palpáveis e, com a mesma intensidade, abraço a dimensão das tuas vias retilíneas; faço do calçadão o meu caminho, nunca barrado por vozes polifônicas nem pela diversidade de cheiros que se misturam e evidenciam teu cosmopolitismo, cidade minha, cidade nossa. Busco a visão do horizonte, que o tempo e os espigões acharam, por bem ou por mal tornar imperceptível... Mas ainda me restou o mais onírico entardecer, quando e onde jogo o meu olhar na direção de mundos tão longínquos...
Cidade de culinária tropical e por isso mesmo tão rica e diversa. Fortaleza de marcos culturais, entre os quais tuas rendeiras vão tecendo arte em fios de puro linho, onde os amantes contemplam as madrugadas de luar, repletas de delírio sentimental. O mar de Iracema e suas ondas em que sereias cantam na alvura das espumas e como fluidas tecelãs, bordam meus pés quando vêm beijá-los. Em tuas areias construí meus castelos e neles habitaram meus sonhos de infância, fiz o meu pequeno reinado, que se findava a cada novo pôr do sol. Esses verdes mares, não só bravios, mas de indizível beleza, com paisagens de esmero deslumbramento, trazem-me uma poética inquietude nos olhos. Entre as velas do Mucuripe, as jangadas são como vastos lençóis lançados ao oceano e feito asas colossais ao sabor do vento.
Fortaleza, Musa generosa dos poetas! De dia, tu és a “Loira desposada do sol” que De Paula Ney contemplou em ricas linhas de um soneto. À noite, vejo-te a nativa Iracema, virgem dos lábios de mel” que José de Alencar eternizou. Amo-te tanto Fortaleza, e sob o teu rico manto que reluz, deixarei repousar eternamente os olhos meus.
FELIZ ANIVERSÁRIO FORTALEZA
PARABÉNS PELOS 288 ANOS!!!
Estátua de Iracema, lagoa de Messejana.