Dia mundial da Terra

Amor. Palavra batida no liquidificador juntamente com respeito, bondade, solidariedade, empatia e outros sentimentos que fortalecem o mundo. Basta tomar uma delas para nos abastecermos da primeira. Amor nem sempre é coisa que se entenda. Amor se faz. Quem acha difícil amar o próximo mais próximo, como irmão, pai, vizinho, patrão, se compadece do próximo distante, vítima de cataclismos. Quem prefere, ama os animais domésticos ou é aventureiro salvador em defesa dos animais em extinção. Se ainda assim, o reino animal for de difícil degustação amorosa, há uma diversidade de vegetação a ser protegida. A Terra se doa de tantas maneiras. Dela tomamos tudo e a ela nos moldamos feito argila do reino mineral. Se o amor aos nossos pares está sendo encolhido pela indiferença, é só uma forma de ver. A Terra, sob a aparência de destruição, nos dá mais uma oportunidade de expansão. O interesse pela ecologia é mais uma forma de exercitarmos a verdade única. A mestria de todo aprendizado se dá pela repetição. Respeito, bondade, solidariedade, empatia, ética, também se aprende assim, repetidamente. No entanto, a lição requer olhos de ver, ouvidos de ouvir, sentidos de atenção. Requer que a boca, que ingere a batida liquidificada, seja comedida ao falar depreciativamente que “as pessoas são isto” ou “as pessoas são aquilo”. Depreciar pessoas é coisa de quem não se sente pessoa. O que nos mantém separados é o que nos faz pensar como indivíduos merecedores de toda água, terra, ar e fogo, não só pelo medo da falta, mas pela vaidade de nos acharmos mais elevados. A evolução é graça coletiva. Embora possamos aprimorar nossos gostos, sentimentos, maneirismos, a História está aí para provar que evoluímos como um todo. Possa a Terra, nossa mais cara escola, hoje se cercar por pessoas que de mãos dadas preferem fazer parte daqueles que sempre amam! É a minha prece neste dia Mundial da Terra.

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