Aquela doença, como se chama? Alzheimer
No século XXI um mal que cresce a cada dia; uma doença degenerativa. Que nos faz perder o raciocínio.
Descoberta em 1906 pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer. A mais de 60 anos este mal vem causando demência em diversos indivíduos.
Sou funcionário do Cito-Lab laboratório de análise clínica há dez anos e sempre me deparo com pessoas portadoras de Alzheimer.
Procuro me colocar no lugar das mesmas, e afirmo que viver com este mal é algo que destrói o físico e a alma. Destruindo por completo a memória, apagando a identidade de seus portadores.
Em uma das minhas coletas a domicílio, deparei-me com uma cena que marcou a minha vida.
Ao chegar à casa da paciente o seu esposo me conduziu até um quarto que ficava no final de um corredor, de longe avistei uma cadeira de roda, um contexto frio, mórbido e triste.
Na cama um ser a espreita da morte, uma mulher que havia morrido em vida. Exilada do convívio com as pessoas, que cruelmente sofreu todos os estágios desta degenerativa doença.
Dos lapsos da memória, a depressão, dificuldade com a linguagem, confusão mental, agressividade, aos momentos finais naquele doloroso leito.
Precisamos ficar atentos aos nossos amigos, tios, pais, avós, em nós mesmos no futuro, pois o tratamento precoce retarda o desenvolvimento da doença, favorecendo na melhora da memória, na qualidade de vida e de convivência do portador com as pessoas de seu convívio.
O marido da minha paciente me disse emocionado que infelizmente ele já havia perdido a sua amada companheira para aquela doença maldita; a doença está em um estágio avançado, bloqueando os processos de evolução para o tratamento da mesma.
Perder a lucidez é algo triste, mas ao mesmo tempo é um processo doloroso de redescobrir o presente como um momento único, um contexto de dor, exílio e muito sofrimento.
Aquela senhora, naquele quarto, naquele singelo leito, marcou a minha história e se eternizou na minha memória.