MÁSCARAS

Atire a primeira pedra esperando que ela leve teus erros também, os piores que os meus. Julgam-me com os olhos e condenam-me por seus costumeiros atos. Seus abraços nos afastam cada vez mais, desconheço vocês e suas palavras, conheci na verdade máscaras e fantasias. A peça terminou e a verdade entrou em cena, os personagens morreram. Pensei que éramos céu e núvens, mas no fundo, sem eu saber, éramos sol e lua, noite e dia, opostos pelas suas escolhas. Deixe-me juntar os pedaços rasgados dos teus retratos e ver em que vocês se transformaram, ou melhor, o que nunca deixaram de ser. O passado não volta.

Marcelo Queiroz

17/01/14

10:12h

Marcelo Queiroz
Enviado por Marcelo Queiroz em 28/06/2014
Reeditado em 30/11/2018
Código do texto: T4861951
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