Antes, depois, e agora?

     No começo eram olhares roubados. Sensações. Muitas.
Ela, quem sabe em algum momento, ficou com vontade de saber o que havia embaixo daquela figura. Ele tentava em vão não mergulhar naqueles olhos, mas mergulhava e roubava sua atenção, sempre que possível.
     - Você já lanchou? Vamos comer alguma coisa? – que papo furado, hein? Mas, colou. Colou de grudar. Grudou de repetir e de, de repente, algo tornar toda paisagem azul. Assim, muito azul. Vou terminar essa parte com um beijo. Um beijo, não. Com O beijo.

     Depois, tudo adolesceu. Loucuras de confiar até o fim da vida. De trocar todas as figurinhas dos álbuns, e não querer parar de trocar mais. Vou contar: nunca nem pareceu que o álbum ia encher, porque cada vez que uma figurinha colava e completava uma página, outras páginas iam se abrindo, assim natural, naturalmente, como tudo deveria ser...

     Agora a hora chegou.
     Descobrir que o mundo não é da gente é sinistro. Há mais pessoas nessa porcaria desse mundo, e há muitas. E elas não respeitam que existem coisas que acontecem simplesmente. Olhe o sol nascer. Olhe a lua cheia fazendo sombras... Mande parar o sol e a lua. Mande parar a água da cachoeira.

     Agora, podem mandar parar tudo! Baixem ordens e regras.
     Naturalmente eles não podem se perder, pelo simples fato de terem se encontrado. Quebrar esse diamante é só aumentar o brilho que vai se espalhar por aí.

     Por favor, dêem espaço, pois é muito brilho.