Cortem árvores!!!


 
Não me foi permitido ouvir, ontem, o aguardado pronunciamento de nossa tão amada e respeitada Presidente tendo como mote o Dia Internacional das Mulheres. Uma insignificante e desprezível meia dúzia de dezenas de milhões de brasileiros insistiram, durante todo o tempo de seu pronunciamento, em brincar de argentinos como que defronte à Casa Rosada e aplicaram-lhe ruidoso panelaço que repercutiu até mesmo aqui no interior, reverberando nas graníticas montanhas que nos circundam e nos impedindo de congraçarmos com ela.

Uma falta de respeito total para com esta eminente e respeitada figura que insiste em se titular Coração Valente e “Mãe dos Pobres”, procurando roubar o título de quem realmente o possui, nosso venerado e iletrado Lula (assim mesmo, como Mãe, já que não foi parido e nem mesmo podemos dizer que é um filho da p..., apesar de o sabermos que é!)

Contudo, por já conhecer o “script” de seu pronunciamento de cor, alegando que “...as forças externas e capitalistas que insistem em nos torpedear...”, “... que já está tomando providências para debelar e punir a corrupção...”, “...que este pequeno transtorno que será suportado pelos brasileiros é passageiro...”, "...que a culpa é desta mídia retrógrada e oportunista que quer seu impeachment..." ,  e tantas outras babaquices mais, aproveitando para informar às mulheres que ora estão batendo panelas que editou lei em que passa a considerar as agressões contra elas como crimes hediondos, como se não fosse crime hediondo o roubo que é perpetrado a cada dia ao elas se dirigirem aos supermercados, sufocadas pelos impostos em cascatas ao abastecerem seus automóveis, ao acenderem as luzes de suas casas, ao, até mesmo, tomarem um banho para ingressarem nas intermináveis filas do SUS, esquecendo-se que foi ela quem criou, alimentou e desfrutou deste caos, minando a Petrobrás, o BNDES, o Banco do Brasil, Caixa Econômica e tantos outros órgãos.

Em contraponto a sua afirmação quanto à efemeridade do “pequeno transtorno”, logo após assistimos à declaração de seu lacaio Levy, Ministro da Fazenda, declarando que a recuperação demorará ao menos vinte anos para ser concretizada, isto é, se sobrevivermos ao arrocho que se prenuncia, tempo que julga necessário para cobrir todos os roubos que perpetraram contra o erário.

Mesmo sem ter as titularidades e competência dele, Levy, em minhas humildes conjecturas de cidadão, creio que a alcançaremos em muito menor prazo se forem tomadas as medidas patrióticas que a população aguarda e exige, quais sejam, de que o Brasil se volte para seu povo, deixe de bancar portos em Mariel e tantas obras em Cuba, na Venezuela, Equador, Argentina e Uruguai (coincidentemente todas elas a serem feitas pela Odebrecht e sem licitação), que deixe de apadrinhar tiranos na África, que reduza diametralmente a quantidade de cargos comissionados, de Ministérios inoperantes, que reduza drasticamente a quantidade de deputados e senadores e principalmente suas benesses, que reduzam os valores despendidos com os pagamentos para mordomias do judiciário com o fito expresso de cooptá-los, enfim, medidas simples e sem muito economês, politiquês (ou politicagem).

A situação de Dilma, hoje, obrigada a agachar ao ponto de mostrar as calças para manter o poder que foi usurpado com o auxílio de Toffoli na contagem das urnas eletrônicas, fez-me lembrar de uma passagem ocorrida com os índios Sioux, céleres em sua forma científica de se precaverem contra as intempéries que ocorriam em seus territórios a todos os anos:

“Morrera o velho cacique que com sabedoria e prudência guiara a tribo durante décadas, sendo sucedido por seu filho mais velho, Coração Valente, bravo guerreiro, porém completamente distante de tudo que o circundava, dos ditames da vida, que somente o tempo poderia lhe transmitir.

Até então, sua vida fora de folguedos, participando da sazonal caça aos búfalos em períodos que seu pai a todos informava, à caça diária aos animais da floresta, ao banhar-se em rios límpidos, ao sentar-se próximo à roda dos idosos procurando subtrair-lhes os ensinamentos que um dia utilizaria... e este dia afinal chegara.

Com a proximidade do inverno, o qual, sabe-se, é bem rigoroso por aquelas bandas, cobrindo com o branco manto de neves o verde dos campos, obrigando-os a se recolherem em suas tendas em volta das fogueiras que os aqueciam, os guerreiros se aproximaram do cacique recém empossado perguntando-lhe o que fazer, se seria rigoroso o inverno daquela ano, como haviam feito durante décadas com seu pai e aquele os guiara.

Para não aparentar ignorância, para sugerir que seu pai havia-lhe transmitido todos os ensinamentos indispensáveis a que ocupasse tal posto, ele ordenou que cortassem árvores, muitas árvores. E assim toda a tribo o fez, preparando-se para um inverno rigoroso.

Dias depois, eles novamente lhe fizeram a mesma pergunta, ao que ele respondeu da mesma forma, ordenando-lhe que continuassem a cortar árvores, muitas árvores. E a tribo novamente o fez e mais ainda por uma dezena de vezes.

Contudo (puta merda, não sei prá que existe este tal de contudo... só prá sacanear), Coração Valente ficou em dúvida com suas certezas, que sabia não serem nem mesmo advindas de intuição e sim de pura teimosia e resolveu consultar o serviço de meteorologia americano que, sabe-se, digno de toda credibilidade, perguntando-lhes como seria o inverno aquele ano.

- Olha, da forma como os índios estão cortando árvores, deve ser um dos mais rigorosos do século!!! – informaram-lhe.”


Assim, caros leitores, concluo que estamos mais perdidos que cego em tiroteio em noite escura, que cachorro em meio à procissão e que devemos cortar quantas árvores sejam necessárias para nos preservarmos em meio à tormenta que virá e da qual sobreviveremos somente no dia em que expurgarmos todos estes maus exemplos de brasileiros que se aboletaram no poder e o usaram e usam em benefício de seus próprios bolsos, sem o mínimo resquício de decência, respeito, civilidade ou BRASILIDADE.

E que Deus nos guie e ampare...
LHMignone
Enviado por LHMignone em 09/03/2015
Reeditado em 10/03/2015
Código do texto: T5164087
Classificação de conteúdo: seguro