Se há um saudade em mim que não se esvai é a do Trem de Aguinhas...

Em criança, até os 8 anos, morei na Vila Nova, numa casa à "beira da linha", conforme descrevi no Menino-Serelepe*

Rapidamente compus a geografia do lugar onde morava a maioria dos parentes de minha mãe: a frente da casa e o alpendre davam pra Rua do Meio, pra linha do trem, pra Rua de Cima e pro Morro do Machado. A Rua de Cima era a saída da cidade e nela se situava a igrejinha de São Benedito.

E registrei também as preocupações de minha mãe com a "linha do trem":

— Mãe, o Guima é ainda muito pequeno, não pode brincar na rua, que lá anda cheio de marmanjo, pode ter cigano zanzando por aí... E, ainda, tem a linha do trem, tem o bondinho que num tem horário certo pra passar, passa cavalo toda hora...

Em razão dessas lembranças, publiquei aqui diversos textos sobre o tema, que estão na série O TREM DE AGUINHAS.

Para acessar os textos, clique o link abaixo.

Mas fui novamente despertado pelo tema ao ver o vídeo mencionado abaixo. As imagens dos lugares, das pontes, dos trens, das estações são absolutamente parecidas com as do extinto Trem de Aguinhas...

Confiram: aqui
 
 



Imagens da locomotiva Leopoldina, que faz o passeio entre São Lourenço e Soledade de Minas.
Confira este vídeo: aqui


Estação do trem em Olímpio Noronha.     

trem+campanha.jpg
Trem que passava por Lambari indo em direção a Campanha
Referências - imagens: Blog Isto é Campanha; olimpionoronha.blogspot.com.br.
(*) O livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem trata-se de uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, nos anos 1960.
  O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE ÁGUINHAS. Veja acima o tópico Livros à Venda.