REFORMA

Fazer reforma é uma barra. A gente quebra tudo e sua vida vira um caos. As coisas ficam fora de lugar e você não encontra mais seu lugar. De nada adianta limpar a casa, pois o pó volta a incomodar. Barulhos ensurdecedores passam a fazer parte do seu dia a dia. Você pensa que vai pirar. Tem dia que é preciso buscar ajuda nas técnicas de meditação e tentar relaxar em silêncio. Mas qual o que! Não dá! Lá vem a maldita maquita ou a poderosa marreta lhe aturdir os tímpanos. No fim da tarde quando a galera do quebra-quebra vai embora, você se dá conta das contas. É...sempre estoura o orçamento. É cimento, areia, madeira, tijolo, telhas, pedrisco e por aí vai. Ainda tem os “por fora” que os entregadores de materiais ficam te cobrando. A maldita “caxinha”. Que caxinha que nada....se você não dá, eles deixam o material no meio da rua ou faltando itens no pedido. É mais dor de cabeça! Cadê a paz?! Então pra que reformar? Não era preferível ficar como estava? Por que será que a gente quer reformar a casa?! Por que somos assim. Talvez porque sejamos criadores e queremos melhor qualidade de vida. E, acima de tudo, porque vislumbramos um objetivo concreto (e põe concreto nisso!). Sabemos que por mais penoso que seja, essa fase passa e a recompensa virá! Isso é certo! Nós planejamos! Fico pensando que talvez seja por isso que algumas pessoas insistem em continuar sendo o que sempre foram. Mudar, reformar-se dá muito trabalho. Cansa. Estressa. Chega a causar medo. Então, como não consegue vislumbrar um futuro melhor, param onde estão e deixam a vida passar. Assistem, inertes, ao crescimento dos outros e, às vezes, sentem até uma ponta de inveja. Mas...reforma dá trabalho. Imagina você ter que desmontar todas as crenças antigas e ultrapassadas e substitui-las por novas crenças. Dar nova forma! Ou seja, re-formar...formar de novo...Com certeza vai levantar muita poeira e um barulho ensurdecedor em seu ego. Já pensou aqueles velhos pilares do preconceito, da inveja e da discórdia irem às ruínas. Aquilo tudo que você acreditava desabando diante de seus olhos. Você poderá ficar sem chão. É mais fácil, menos trabalhoso, cantar a música da Gabriela “eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim”. É mais fácil ignorar a frase de um grande pensador que um dia escreveu “Se você fizer sempre as mesmas coisas, terá sempre os mesmos resultados”. Se sua casa interior está cheirando a mofo e cheia de cupim, está na hora de reformar-se. Não espere facilidades para isso. Não é fácil, mas é possível. Muito conseguiram e deixaram para traz velhos hábitos e pensamentos retrógrados. Não passe sua vida olhando pelo retrovisor. Tenha um objetivo. Quando você reforma uma casa, é porque você já a visualizou mais bonita no futuro, mais aconchegante e mais saudável. Faça isso com sua vida. Vislumbre um futuro melhor e mais promissor. Tenha coragem de enfrentar as turbulências que virão com sua reforma. Quando você decide mudar muitos parasitas que você considerava “amigos” irão se afastar. São os cupins traças que habitavam seu porão. No entanto, antes disso, farão de tudo para que você desista das mudanças. Os parasitas não querem que você mude. Sabe porque? Porque eles não querem mudar. Tem preguiça e medo de enfrentar a mudança. Logo querem que você fique ali no chão, no mofo, fazendo companhia para eles. E, se você “ousar” reformar-se e der certo, os parasitas perceberão o quanto são fracos e incapazes. E ninguém gosta de sentir assim, não é?! Então...vamos reformar?! Donizete Romon – jornalista e palestrante Contato: www.facebook.com/petecaeventos