A MINHA PRIMEIRA VEZ

Sou do mato, tenho hábitos diferentes das pessoas urbanas ainda, mesmo morando na cidade há trinta e três anos. Sou da época em que esperei fazer quinze anos pra beijar na boca; namorar mesmo pra casar lá pelos vinte e um anos. Isto ainda morrendo de medo do "pecado", porque moça de família tinha que ser honrada. Como ouvi as recomendações da minha mãe - quando viva - para que eu não transasse antes de casar. Claro, afoita como sempre fui, não obedeci, mas o culpado é meu marido há vinte e sete anos. Bom, o fato é que as coisas mudam e a gente tem que ir acompanhando. Criamos nossos filhos com liberdade, porém exigindo responsabilidades. E a preocupação que minha mãe tinha na minha época, hoje, não cabe mais. Mas mesmo assim, eu como mãe, confesso que pensei ser mais difícil a primeira vez do meu filho. Explico: a primeira vez que meu filho leva a namorada para dormir em sua casa.

Ora, já estou na idade e com desejo de ser avó, meu último rebento está começando a namorar. Bom, enquanto espero vou mudando até minha rotina aos domingos e hoje fiz almoço para agradar a namorada, quem sabe nora. Vejam as coisas melhorando!

Fátima Feitosa
Enviado por Fátima Feitosa em 13/04/2015
Código do texto: T5205242
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.