UM DOMINGO, PESCANDO SIRI. QUER COISA MELHOR?

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Segunda-Feira, 8 de Junho de 2015

No dia de ontem, um Domingo, depois de fazer as minhas ações normais, decidi quebrar a rotina. Eu havia localizado uns puçás antigos, guardados naquelas repartições caseiras que quase não tocamos, resolvi ir pescar siri.

O local escolhido foi lá na Urca. É que casualmente durante a semana, ao passar no calçadão que existe ali, vi um sujeito pescando-os, junto às pedras da mureta que protege a rua do mar. É um local muito incômodo para locomoção, haja vista o perigo de uma queda entre as pedras. Mas se tiver cautela, pode-se andar por ali. E os pescadores amadores que ali frequentam, o fazem sem nenhuma dificuldade.

E logo cedo, fui à feira e lá, numa barraca que vende frangos e que tais, consegui boa porção de peles e restos dos mesmos, que o feirante ofertou-me gratuitamente. Coloquei-os em uma sacola plástica e levei para casa, onde preparei a isca a ser usada nos puçás para efetuar as capturas dos siris.

Os siris capturados

Lá pelas três da tarde, dirigi-me para o local da pesca. E como num Domingo de sol a frequência na praia é grande, cheguei a encontrar dificuldades de estacionar o meu veículo. Mas a sorte favoreceu-me, quando ao me aproximar do local desejado, um outro veículo estava se retirando, abrindo a tão sonhada vaga. E assim estacionei rapidamente.

Levei quatro puçás antigos, que já apresentavam sinais de desgastes, alguns até com as malhas rompidas. Eles foram minha diversão nos anos oitenta, quando efetuava tal exercício com mais frequência. Junto levei um isopor com água e gelo. Também não faltou a presença de três cervejas sem álcool, porque não posso ingeri-las com o mesmo.

E ao chegar nas pedras onde efetuaria o serviço, compus as ações necessárias ao exercício da brincadeira. Amarrei as iscas nos puçás, jogando-os na água, numa certa profundidade junto às pedras daquele local.

Após várias tentativas, não logrei êxito em pescar nenhum siri e já estava pronto para desistir daquela empreitada quando um jovem aproximou-se de mim, oferecendo-me três sardinhas de bom tamanho, para usá-las como iscas, haja vista que já iria embora de sua pesca com vara. Aceitei-as e as acrescentei nos puçás com os restos de frangos.

Pode parecer até brincadeira. mas a partir daí, o resultado mudou por completo. Logo na primeira retirada do puçá da água, foram três os siris capturados. E daí por diante, fui pescando outros. E nessa brincadeira acabei pescando vinte deles. E já com o sol desaparecendo atrás do morro do Corcovado, decidi dar por fim aquele divertimento.

Para quem não está acostumado a tal tipo de diversão, pode até pensar que não há graça nenhuma nele. Mas não é assim. É um senhor lazer. Além de agradável, é barato. Quase não se gasta dinheiro. E óbvio, que custa alguma coisa, sim. Porque o deslocamento até aquele local e umas poucas cervejas ou refrigerantes, bem como um pequeno lanche para uma leve refeição, representam certos custos. Mas nada que assuste ou descontrole o bolso de ninguém. E pela diversão que isto nos proporciona, pode-se considerar a situação de baixo custo, sim.

E assim foi uma parte do meu Domingo. Deixei pra lá a corrida de Fórmula Um, bem como o jogo da seleção do Dunga, diverti-me muito mais, com certeza. Isso sem contar com a apreciação daquele local muito aprazível. Foi um exercício relaxante e divertido, onde tudo se deu de uma forma muito tranquila, também.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 08/06/2015
Reeditado em 08/06/2015
Código do texto: T5269909
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