"Descoberta"-Cronica.

Alguns anos se passaram desde que este fato ocorreu em minha vida.Jamais imaginei que o diividiria. Há falta,ausencia de palavras para o descrever.

Tudo se passou em um enorme transatlantico que, deixando Fortaleza tomou o rumo de Barbados.Era hora do jantar e o comandante,um engenheiro alemão muito bem preparado que dirigia este mundo dentro do mar,convidou me e estendeu o convite a uma conhecida,para uma ceia em seu camarim as doze horas. Neste exato momento, desabou uma tempestade em alto mar. Ouvimos seus ruídos e nada mais,pois nem uma xícara,nem uma taça de champagne sequer, balançou.Entretanto,olhando para fora enxergavamos cinza,só cinza.Os tripulantes seguiram tomando seus drinks,rindo,brincando e dansando.Ninguém subiu.George estava tomando meu braço para dansar quando me desvencilhei dizendo que nossa amiga estava so.Feito isto,subi.Estavamos avisados de que perigo não havia ,de modo que não foi um ato impulsivo.

Na popa do navio,eu comecei a ver.De repente,olhando para cima,divisei uma muralha gigantesca cinzenta com as bordas brancas,era uma onde quebrando que se erguia imensa,parecendo uma grande montanha em frente ao navio e ele,subindo,e eu junto,sem sentir um balanço,subindo também,escalando aquela monstruosa onda para ao termino o navio,bico para baixo,singrar um precipício que se abriu a frente e descer,descer,descer...E tudo era cinzento ao meu redor,eu só escutava o barulho das ondas que se levantavam a minha frente gigantescas uma a uma e,de repente, havia eu,um navio ,e ondas enormes que se misturaram ao céu.Era tudo cinzento,eu,o navio,mais o barulho delas quebrando,mais o céu sumido,mais o subir e descer das ondas.Eu olhava maravilhada e não acreditava.Sentia me paralisada,quando se ergueu outra enorme onda e esta comeu o mar e apagou o horizonte entre ela e o céu. Eu, embasbacada,paralisada e maravilhada , abri a boca e saiu um vozeirão que eu não reconheci como minha voz,pois mais parecia o urro de um animal ferido misturado aos soluços de uma mulher sensível. E tomada por emoção indescritível,escapou de minha boca"-AH,DEUS EXISTE!!!"

Desci a escadas rumo ao meu camarote ainda tonta,deitei e dormi.

No outro dia,pela manhã,minha companheira ao invés de bom dia,falou:-Suzana,o que houvecontigo esta noite?Tive que te acalmar a noite toda,tu choravas em meio ao sono,pensei que estavas com febre que estavas doente...

E eu fiquei doente sim,mas de emoção e de tal maneira que somente hoje criei forças para tentar narrar este verídico,este real acontecimento, no qual acabei acreditando.

Fortaleza.

Suzana da Cunha Heemann
Enviado por Suzana da Cunha Heemann em 05/12/2015
Reeditado em 30/12/2015
Código do texto: T5470992
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