O diário de uma mãe

No ventre de uma jovem mulher, eu era uma obra-prima arquitetada pelo criador.

Na infância, eu era a pupila dos olhos dos meus pais.

No meu tempo de meninice, adorava comer o bolo de fubá feito pela minha avó.

Na adolescência vivi os conflitos da identidade.

Na juventude descobri os efeitos da paixão.

O casamento foi o voto que fiz em nome do amor.

Tornei-me mulher!

Conquistei o meu espaço no campo profissional.

No meu ventre o fruto do meu amor, o amor incondicional.

O ciclo da vida se inicia nos olhos de Maria, a minha amada filha.

O tempo, mestre do destino, deixou marcas das vicissitudes na minha face.

A minha filha tornou-se mãe, a minha amada mãezinha se foi no barco do destino, guiada pela paz rumo à eternidade.

Os meus netos correm pela casa.

Na memória, os belos dias, as recordações que nunca esquecerei.

Sou uma mulher realizada, sou uma mãe convicta!

Aos 98 anos, vejo a minha vida se esvair pelo ralo do existir.

Para as mulheres deixo a seguinte mensagem: Ser mulher é romper com os limites da vida, ofertando a possibilidade da vida para os homens, sensibilizando o mundo, perpetuando um olhar poético e amamentando o progresso da humanidade.

Um salve pra todas as mães!

Dhiogo J Caetano
Enviado por Dhiogo J Caetano em 08/05/2016
Reeditado em 08/05/2016
Código do texto: T5629331
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