Festa de Família

Boa noite meus caros 23 fiéis leitores e demais 36 de quando em vez, como vocês notaram (ou não) eu não passei aqui na última sexta-feira para nosso encontro literário regular. Em primeiro lugar, estava offline na sexta-feira por motivos profissionais. Em segundo, no final de semana estive envolvido com a festa de 90 anos do meu pai. Um bom motivo, não é mesmo? E, então, preferi escrever hoje para falar justamente da festa do meu velho sr Bacamarte. A propósito, não fui verificar, mas tenho certeza que é a primeira vez em cinco anos que escrevo numa segunda-feira para vocês!

Bom, organizar festa de família é sempre algo que envolve muito tempo, trabalho, organização e dinheiro, por mais simples que ela seja. E o velho Bacamarte merecia uma festa legal, eis que nove décadas não é para qualquer um, ainda mais se a pessoa está andando, falando, ouvindo, vendo, mastigando e defecando perfeitamente. Um fenômeno o meu pai.

Minha irmã, a Soraia, queria fazer uma festa "à rigor" para o pai. Discordei de cara: "Ah não Soraia, o pai é homem e está fazendo 90 anos, não é uma garota debutando! Vamos devagar com isso". Pensa bem, para que gastar algumas dezenas de milhares de reais numa festa se, com alguns milhares, a coisa também sai?

Para mim, o que mais importa é o básico: um lugar bem legal e com boa estrutura, com ar condicionado, comida de qualidade, bebida da boa e um som legal. O resto é o resto, minha gente. Minha irmã não, queria aqueles badulaques de decoração, coisa e tal. Sinceramente, eu acho essas decorações luxuosas ou extravagantes um desperdício de grana. Se a pessoa tem dinheiro para jogar fora com isso, tudo ok, cada um a seu gosto. Mas eu não queria gastar a minha grana e nem a do pai nessas coisas. Sou proletário, oras. Não vou dar uma de Jorginho Guinle.

Outra coisa: aqueles sons mecânicos, cheios de luzes e volume. Pura encheção de saco, isso sim! Coisa de gurizada. O ideal é música ao vivo, som ambiente, para as pessoas poderem conversar e ouvir as canções sem terem de berrar uma com as outras ou ficarem surdas e com dor de cabeça.

Decidimos fazer um almoço no domingo para 130 convidados. Aos 90 anos, a pessoa já não tem muitos amigos vivos, é mais a família mesmo. Pouca decoração, só uns badulaques que se manda fazer hoje em dia com a cara do aniversariante impressa neles, essas coisas. O pai adorou: "Puxa, nem esperava chegar nessa idade, quanto mais ter uma festa dessas!" Gostou muito da música ao vivo, com um grupo tocando as canções do tempo dele.

E o pessoal também gostou, o clima tava bom, o lugar era legal, tinha ate pracinha e sala de brinquedos para as crianças não ficarem correndo e incomodando no salão, com funcionários cuidando delas.

No sábado de tarde, quando estávamos organizando o local, a Soraia implicou com as toalhas que o cara do buffet tinha trazido. Não gostou. Queria que eu fosse providenciar outras. Bem capaz! As pessoas, por acaso, iam comer as toalhas ou a comida dentro dos pratos que estariam sobre as toalhas? Ficou uma arara comigo. Dane-se. Acho até que, depois disso, ela não vai me convidar para o aniversário dela.

Intão tá, fui tigrada, um abraço.

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

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(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina

Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 18/07/2016
Reeditado em 18/07/2016
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