Ala feminina

Entre grades as mãos delicadas de meninas, mulheres, mães...

Na profundidade daqueles olhares o pedido de socorro.

Em silêncio ouço os ecos de almas aprisionadas na culpa.

Não somos criminosas, só não soubemos utilizar as oportunidades.

Mas infelizmente todos nós erramos.

Coloquei-me no lugar daquelas mulheres e a dor dilacerou o corpo da minha alma.

A cada recanto do recinto, o verter de lágrimas de filhos órfãos de suas mães e mães órfãos de seus filhos.

No chão, resto de comida, no frenético som da sirene a desarmonia se instala naquele ambiente inóspito.

Não senti medo, uma sensação de indignidade carcomia-me.

Até quando as nossas leis serão pautadas no egoísmo? Só construiremos um mundo melhor difundido a prática de amar.

Dhiogo J Caetano
Enviado por Dhiogo J Caetano em 07/11/2016
Código do texto: T5816010
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