Às vezes remédio. Quem sabe até cura.

Agradeço pelas memórias. Pelas lembranças. Pelas lindas, pelas simples e pelas dolorosas, também. Agradeço pelos inúmeros e infinitos momentos compartilhados. Infinitos, sim. Pois eles não tem fim. Em algum período nessa louca linha do tempo, aqueles jovens inocentes que fomos ainda estão lá, vivendo tudo intensamente. E, além disso, todos os fragmentos do que vivemos permanecerão conosco, para sempre. De forma que, sim, esses momentos são infinitos enquanto continuam vívidos dentro de nós. Cada instante é e sempre será eterno. Agradeço pela paciência em ouvir quando eu tanto tinha para falar. Agradeço pelos conselhos com tom de puxão de orelha, dos quais eu muito precisei. Agradeço por todas as risadas de perder o fôlego, recuperar e, então, rir de tudo outra vez. Agradeço por me responder na madrugada, sabendo que eu não faria o mesmo. Agradeço pelos textões nos aniversários. Pelas tardes de sábado à toa. Pelos brigadeiros em meio a filmes. Pela companhia (leia-se grude) nas festas. Por perdoar todo o dinheiro que disse que devolveria, mas não o fiz. Mesmo sabendo que provavelmente você apenas tenha se esquecido das dívidas, considerando o tempo que passou, e não as perdoado de fato. Tudo era tão mais fácil antes. Se tivesse sol, o resto nós resolvíamos. Mas a vida acontece. A gente cresce. Os caminhos mudam. Os objetivos chegam. O tempo diminui. Ainda que hoje distantes, ainda que hoje as conversas não sejam mais frequentes, ainda que hoje eu não saiba mais de tudo que acontece em sua vida, amigo, saiba que o que sinto não mudou. Não mudará. As memórias eu jamais apagarei e, comigo, para sempre levarei.

Instagram: aquiloqueeununcafalei

Milena Farias
Enviado por Milena Farias em 14/06/2017
Código do texto: T6027634
Classificação de conteúdo: seguro