Exclusividade minha

É com toda a sinceridade que eu falo que não preciso de ninguém pra me completar. Estou muito bem sozinha, sim. Já escrevi muito sobre isso, eu sei, mas é que esse sentimento está reinando, está tomando conta. E eu? Tô adorando! Não tenho ninguém de quem sentir falta. Não tenho ninguém com quem me preocupar. Não perco o sono por mal-entendidos desnecessários. Nem por ciúme bobo. Faço o que eu quiser, quando quiser. E essa paz é libertadora. Aconchegante. Triunfante.

Essa paz parece afagar meu cabelo e me fazer cafuné de tão companheira. De tão parceira. Me mostra o quanto sou inteira. Eu não quero alguém para quem seja a única. Eu já sou única. A única eu. Conheço todos os meus erros e as minhas falhas, e continuo acreditando em mim. Não entendo porque tentam me fazer sentir a obrigação de encontrar alguém.

Porque eu não quero, não agora. Porque eu não preciso, não mesmo. Porque eu não sinto falta, nenhum pouco. Porque eu quero apenas a minha companhia, a dos meus livros e, mais importante ainda, das minhas palavras. E nesse momento isso basta. Eu me basto. Nesse momento é suficiente. Não posso falar pelo futuro, mas, nesse momento, eu quero continuar sendo apenas, só e exclusivamente minha.

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