Sem Princípio e Fim

A cultura promove os ecos da intelectualização, uma prática que nos convida a renovação. Propagando as práticas que fomentam o progresso da vida humana. Um espaço onde se desenvolve e difunde as possibilidades.

As práticas culturais são poderosas armas ideológicas que precisam sobreviver às barreiras impostas pelo egocentrismo humano; desempenhando o seu papel de conscientização, transmissão e preservação da memória história.

A cultura é um sopro de vida, que desafia o tempo, se transfigurando ao longo da marcha evolutiva da humanidade. É uma ferramenta capaz de sensibilizar e povoar a paz no seio da humanidade. Um processo de múltiplas facetas, uma heterogenia que institui o alicerce pluricultural.

A cultura é um campo ilimitado que fomenta e promove a possível libertação das amarras da alienação, que naturalmente ao longo dos séculos foi inserida na mentalidade da humanidade. Sendo o elo dialogador entre o passado e presente; fomentando os mecanismos que solidificarão as bases de um presente em continuo transformação.

Cultura são os textos, os intertextos, as entrelinhas que codificam as múltiplas realidades que descreve uma sociedade ao longo do seu infinito processo progressista. Extravasando os domínios do saber, engendrando em uma atmosfera de possibilidades, os caminhos e descaminhos para a compreensão de uma totalidade esfacelada em múltiplos contextos pragmáticos.

A cultura é um arcabouço de possibilidades que rompe com os horizontes, fomentando a transposição de conceitos, modos, normas dos fluxos da vida cotidiana. Um eco do passado que dá vida ao presente, sofrendo influência do mesmo; visando o intercâmbio entre as práticas dos nossos ancestrais e o processo evolutivo da humanidade em um futuro longínquo.

É o fluxo mutável das práticas humanas ao longo do processo evolutivo. Cultura é um vasto horizonte de possibilidades capaz de nos libertar das garras da bestialização. A função da cultura é apresentar a luz da compreensão para as consciências ainda demonizadas.

A cultura é um fluxo contínuo e mutável de encontros e desencontros, ao longo da construção da nossa identidade individual e coletiva. Promovendo de forma necessária as rupturas nos contextos que permeiam a vida cotidiana. Um movimento de múltiplos conceitos, uma variante que se forja segundo as intervenções do meio e do espaço.

A cultura é o único caminho para transmutação dos padrões socioculturais, os embates culturais promovem a reflexão dos fluxos das realidades construídas em determinados modos de vida. Fenômeno natural que promove os fluxos evolutivos da humanidade.

É o ressoar dos ecos do passado pragmatizados no presente, inspirando os movimentos de transformação do futuro. A cultura é um arcabouço de ações que se desenvolve em prol do progresso da vida humana. Um diálogo constante entre o passado, o presente e o futuro. É a movimentação natural dos fluxos evolutivos da humanidade. A vida cotidiana é a roda motriz que fomenta, pragmatiza e difunde as práticas culturais.

A cultura é uma ferramenta que liberta o homem de um sistema que visa oprimir e bestializar. É o ecoar etimologicamente da liberdade. Universalizando as práticas e ações da vida humana, forjando padrões um “tipo ideal”, que lamentavelmente bloqueia as rupturas com as diferenças.

Um movimento natural que promove os contextos do cotidiano, ecos do presente que influenciam de forma direta no futuro da humanidade. Um dos fenômenos sociais que justapõe os limites da temporalidade, influenciando e sendo influenciada ao longo dos processos evolutivos da sociedade humana.

Os nossos ancestrais nos guiaram até aqui, estamos diante de uma porta rumo ao infinito, não podemos viver a simples contemplação dos nossos mestres, avancemos para além deste infinito. A consciência cultural instiga a compreensão, extinguindo as aversões, despertando os sentidos além das subjugações dos contextos alienantes. Precisamos transver os mundos que existem dentro deste dilatado mundo. Enxerguemos as nossas semelhanças, interpretando as diferenças que foram e que são fundamentais para os movimentos que burilam a humanidade.

A paz é a boa nova que precisa habitar o nosso interior. Juntos, podemos difundir a cultura do amor. A cultura é o grito da humanidade que “rebelasse” contra a bestialização, promovendo a revolução da sensibilidade. É a base que alicerça as construções que permeiam a vida dos homens, e a movimentação dos mesmos promovem as configurações culturais. A cultura de paz precisa ser vivenciada, codificada e difundida. O amor é a única ferramenta capaz de promover a transformação do eu individual e dos eus coletivo.

Cultura é a essência palpável que sobrevive os efeitos do tempo, driblando o imediatismo e codificando os fluxos mutáveis do coexistir.

Banalizar as práticas da vida cotidiana é uma ação que lamentavelmente promoverá uma reação retrógrada na monumentalização do legado cultural humano. A cultura é um mosaico que se interliga em prol da difusão das práticas monumetalizadoras e transformadoras das estruturas socioculturais.

Os mecanismos culturais são capazes de transcender os efeitos do tempo, libertando e aprisionando os indivíduos nos múltiplos arquétipos. A cultura possibilita a nossa compreensão do panorama globalizado, fomentando o instinto de preservação das nossas raízes.

A cultura é um eco sem princípio e fim. É o reverso do tempo, o suspiro do passado, o alimento do presente, o olho que transvê um futuro ainda por vir. Cultura é vida, a vida é cultura.

Dhiogo J Caetano
Enviado por Dhiogo J Caetano em 13/10/2017
Reeditado em 22/10/2017
Código do texto: T6141203
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