PERIPÉCIAS E COISA E TAL

Creio que me vacinei contra a febre amarela em 1967, quando parti de navio para a Europa. Jamais cogitei que tal providência voltasse a minha ordem do dia, mas aconteceu. Aí me informaram que, para me vacinar num posto de saúde, só com atestado médico, pois, acima dos 60 anos, não aplicam a vacina. O problema é que não vou a médico há vários anos e, para me dar atestado, certamente o esculápio demandaria uma série de exames. Tive de recorrer ao irmão Roberto, que, na verdade, tem feito as vezes de meu clínico. Tinha a esperança de que emitisse laudo me isentando da chatice, já que pode haver certos riscos de saúde para os velhinhos: até já havia imprimido um certificado de isenção de vacina fornecido no site da ANVISA, mas o mano achou que não havia razão para isentar-me e que eu deveria tomar a dita vacina como todo mundo. Tudo bem, só achei um desatino o fato de me vacinar num posto de saúde que só fornece certificado nacional e, depois, ter de me deslocar até o bureau da ANVISA no Aeroporto para lá, então, transformar o documento nacional em internacional para poder ingressar em outro país. “Chose de loque”, como dizia Jô Soares no “Viva o Gordo”. Passei boa parte da tarde dando telefonemas, dirimindo dúvidas e me cadastrando na ANVISA, como recomendam. Teria sido talvez mais fácil se tivesse renovado o passaporte português, embora as pendências prosseguissem com Andréa, sem grandes mudanças no panorama. Mas, aventureiro mesmo é meu filho, que, apesar da lesão do nosso grande Arthur, já tomou as medidas para a viagem até Abu Dhabi. De minha parte, se passarmos pelo PACHUCA, nas circunstâncias, acredito que já dá pra comemorar na Avenida Goethe.