Bolero, fogo e paixão

Sabia que era uma privilegiada. Saíra quase da sarjeta para auma vida digna, confortável, cercada de carinho e cuidados. Era hoje uma mulher resepeitável. Era grata a quem lhe deu nome, família e um lar. Mas... por incrível que pareça não se sentia totalmente feliz, Sabia que essa, digamos, percepção, esse pensamento maldito, esses momentos de ddesvario em que o desejo se sobrepunha à razão, era um pecado. Um grande pécado. Como reclamar da chance que a vida lhe dera? Como lembrar uma paixão que quase a lançou na sarjeta e na rua da amargura? Como lembrar que esteve trilhando o caminho da perdição? O quase inferno? Mas, volta e meia, lhe batia o bannzo da saudade e do fogo da paixão do amor bandido. Sim, ela tinha quase tudo, mas não tinha paixão. Bastava ticar um bolero e ele sentia uma espécie de fremir, um desejo irrefreável uma saudade pecaminosa...

Rezava, se penintenciava, esculhambava consigo própria. Mas reincidiano desejo, naquele formigamento, naquela vontade... Pior, não esquecia o responsávl por sua quase perdição. O fogo dele ainda estava entranhado no seu âmago. Sentia até o seu cheiro. E sabia que ele estava vivo. Era mau, não prestava, era um canalha, mas era a sua paixão.

Mas e aquele que lhe deu de um tudo, ternura, carinho, amor e cuidados. E um nome, dignidade, um lar?!!! Era grata, muito grata, daria a vida por ele. Mas ele não lhe dera algo: paixão. E ele era viciada na paixão coo numa droga.

Essa aflição só terminou no dia que a razão da sua quase perdição e qe era sua paixão, havia morrido. Soubee chorou, mas nçao quis saber de detalhes. Era fato consumado, Agora era tocar a vida, ser grata e devotada a quem lhe amava de fato.

Virou outra, feliz, um exemplo de esposa, mãe, mulher exemplar. Mas qando estava só e ouvia um bolero... Ela desmanchava, de certa forma era escrava até da saudade da paixão. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 09/12/2017
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