Palavra Solta - o sertão sempre me chama

Palavra Solta - o sertão sempre me chama

*Rangel Alves da Costa

O SERTÃO SEMPRE ME CHAMA. Aqui estou n’Aracaju entre petições e outros escritos, mas meu pensamento faz curva e faz caminho, vai longe e mais adiante, até pousar suas asas matutas nas terras de Nossa Senhora da Conceição de Poço Redondo. Mas não poderia ser diferente. Além da inauguração da Sala Arte da Terra do Memorial Alcino Alves Costa, no próximo sábado, eis que recebo outros convites dignificantes. A professora Tânia Lima já havia me pedido uma visita à escola onde leciona. A sempre humanista Nataly enviou-me convite para um evento beneficente. E ontem o amigo Francisco Galdino de Carvalho, defensor público na comarca poço-redondense, convidou-me para participar de um café matinal que será oferecido ao deputado alagoano Inácio Loiola, em sua residência de Canindé. Tudo na sexta, menos a inauguração, que será no sábado. Significa que aqui estou, mas o sertão sempre me chama, sem falar na saudade constante da terra e sua flor humana. E certamente algum dia eu arribarei de mala e cuia, de embornal e cantil, e em Poço Redondo novamente fincarei meu mundo. Mas não na cidade, que é cidade demais para o meu olhar e os meus sentimentos. Mas numa casinha matuta onde eu possa estender a minha rede e beber água de moringa amanhecida à janela. E conversar com os bichos e a natureza, e falar sozinho...

Escritor

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