DIREITOS HUMANOS SEMPRE!

DIREITOS HUMANOS SEMPRE!

Nelson Marzullo Tangerini

Estou diante da Declaração Universal dos Direitos Humanos. E ela nos diz, entre tantos artigos, que todo ser humano tem direito à moradia humana e alimentação.

Terminada em 10.12.1948, com a ajuda do Acadêmico e Imortal Austregésilo de Athayde, a Declaração ainda não é conhecida por muitos. Principalmente, por aqueles que, em pleno Século 21, ainda nos rotulam de comunistas; porque desejamos o bem estar do próximo ou demonstramos amor universal.

A Declaração diz, ainda, que ninguém deve ser perseguido, preso, torturado e condenado à morte por pensar diferente. E aí vai uma crítica severa a todas as ditaduras – religiosas, capitalistas, socialistas e comunistas – de nosso Planeta.

Defender Direitos Humanos e o bem estar social, portanto, passou a ser defender o comunismo.

Fui membro – voluntário - da Anistia Internacional e tive a oportunidade de saber o que acontecia em Cuba, no Chile, na Albânia, no Irã, na China, na Turquia, na África do Sul, no Zimbábwe, no Paraguai, no Brasil, na Coreia do Norte, onde seres humanos são sumariamente condenados à morte, seja pelo estado, seja por grupos de extermínio.

O mundo girou de lá para cá, desde os anos 1980, quando fui membro da AI, até aqui. Participei das campanhas Human Rights Now e Free Nelson Mandela. Enviávamos cartas, em tom cortês, a embaixadas, a consulados, aos presidentes ou aos ministros da justiça dos países acusados por desrespeitar os Direitos Humanos. Pedíamos que este ou aquele cidadão fosse libertado. E muitas vezes nos emocionamos quando um cidadão era libertado e nos escrevia agradecendo. Foi dessa experiência que nasceu meu livro de poesias, “Cidadão do Mundo”, publicado, em 1995, pela Editora Achiamé, de meu amigo Robson Achiamé. A ideia de Sócrates, de ser um cidadão do mundo, deu título ao meu livro - plenamente humanista.

O mundo continua girando – não se sabe até quando -, e continuamos a ser tratados como comunistas, como se concordássemos com o que acontece na Coreia do Norte, onde uma monarquia comunista executa cristãos e qualquer oposição ao regime.

Os cristãos são perseguidos, presos, torturados e condenados à morte em muitos países muçulmanos. Se a chama da islamofobia continua acesa, a chama da cristofobia continua acesa, também.

E nossa insanidade mental caminha a passos largos: homossexuais são condenados à morte em países muçulmanos, onde a homofobia atinge o mais alto grau de ódio e de intolerância.

Este é o nosso mundo. “Mundo louco, mundo estranho”, escreveu o poeta Nelson Maia Schocair, outro sonhador. Vivemos num grande hospício, mas não desistimos do sonho. “Você dirá que sou um sonhador, mas não sou o único; espero que um dia você se junte a nós e o mundo será como um só”. Estas palavras são um fragmento de um outro sonhador, assassinado pela insanidade: John Wiston Lennon.

Nelson Marzullo Tangerini
Enviado por Nelson Marzullo Tangerini em 18/12/2017
Reeditado em 18/12/2017
Código do texto: T6201904
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