IMPRESSÕES SOBRE CUBA

Escrevi sobre a admirável LIMA, PERU, mas não tive oportunidade de falar sobre HAVANA e VARADERO, em CUBA. É que a internet em Cuba é restritíssima, cara e os Hotéis não ofereciam PC de mesa, indispensável para mim. Gostei muito de Havana e Varadero e corresponderam às expectativas, sendo que a paisagem de Varadero é extraordinária. Para compreender Havana, é necessária uma ligeira retrospectiva histórica, pois é uma cidade pitoresca e de contrastes. Lá pela década de trinta, com a Lei Seca nos Estados Unidos, a Máfia, principalmente, começou a investir pesadamente em Cuba, construindo hotéis maravilhosos e cassinos, para o desfrute da boa bebida, praias deslumbrantes e belas mulheres. Aliás, foi lá que Lucky Luciano, proeminente “capo”, realizou, no Hotel Nacional, em 1946, uma grande conferência mafiosa, com cerca de quatrocentos participantes, para organizar e dividir a exploração dos negócios. Paramos no Hotel Meliá, que foi Hilton - que ocupa um quarteirão inteiro, luxuosíssimo na origem, com cerca de quatro mil metros quadrados só no lobby. Esse hotel imponente foi construído em 1958, sendo que, em 1959, com a Revolução, tornou-se sede do Movimento, com Fidel Castro ocupando e residindo em suas dependências, com seu comitê. Então, havia a Máfia, pessoas estrangeiras de altas posses, artistas famosíssimos, um governo absolutamente corrupto, a elite econômica local e, muito distante, o povo desassistido e à margem. Em rápidas pinceladas, fica fácil compreender o que aconteceu, ao menos no nascedouro. Varadero tem, em 25 km de praia, cerca de 60 Resorts e hotéis, hoje. A origem étnica do enorme contingente turístico ao balneário, segundo pude apurar, é predominantemente de alemães, russos, canadenses e espanhóis. Paramos no Resort Meliá, estatal, é claro, mas associado ao capital espanhol.