O l h ô m e t r o

Durante um certo tempo fiquei com fama, dentre os amigos, de pessoa capaz de avaliar se uma pessoa desconhecida era ou não gente boa. Cheguei até a ficar meio convencido desse meu "dom", desse meu olhômetro arretado. Um absurdo porque ninguém conhece nnguém pel aparência. Mas aí, olha o aí, comecei a errar meus prognósticos até que as pessoas se convenceram que era apenas chute. Foi um alívio. Graças a Deus.

Tá certo, num primeiro momento qe você vê alguém que não conhece pode sentir simpatia ou antipatia, é natural. Mas pode estar redondamente errado. Em resumo, o olhômetro não é correto.

Nao nego que continuo secretamente, só par mim, avaliando as pessoas que não conheço. Mais: e seguindo meu instinto. Certo ou errado. Sou assim, sigo meus impulsos. Se erro? Erro, mas acerto também, e se algupem me causa aversão pessoal corro léguas dele.

Sobre esse meu vício de avalaiar as pessoas um amigo sempre me lembra uma frase de Clarice Lispector: "Sou comomo você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Depende de como você me vê passar".

Ele está certo, Clarice estava certa, mas eu tenho meu modo de avliar quem não conheço e se não gostar do modo dele passar, azar dele. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 19/02/2018
Código do texto: T6258323
Classificação de conteúdo: seguro