MARIELLE - A ESTRELA DO MORRO

Explodiu e acendeu o rastilho. Na outra ponta não tinha nada além de todos que num átimo passaram a detonar considerações e reverências ao símbolo que desencarnou. Alvejada e morta, levantaram-na como mártir na massa famigerada e falida, tolhida, insana e de um moderno, surreal e alienado fanatismo. Nem se deram ao trabalho de ao menos especular sobre a causa. Se analisassem o currículo de vida da vítima poderiam sugerir tratar-se de guerra entre facções ou, no mínimo de um recado entre elas. E, como repto entre pixadores, ainda podem se vangloriarem de o terem feito às portas dos quartéis.

Vá entender esse povo e seus heróis!...

Mas, torçamos pela rápida elucidação de tão bárbaro crime. Se forem policiais da ala podre, serão expulsos e condenados a bem da corporação e justiça. Se bandidos, receberão todo apoio, garantias e carinho dos Direitos dos Manos? Plantaram e nasceu: que fruto foi esse? Continuarão insistindo nessa transgenia?

Arrisco um conselho ao léu: tem o ditado que diz que pau que nasce torto até as cinzas são tortas, mas a experiencia também comprova que o parafuso que entra errado não adianta apertar, tem que retirá-lo e apertar novamente de maneira correta.

O Brasil, está parecendo com esse parafuso enjambrado.

Como o HD do computador, tem que ser desfragmentado, limpo e talvez até reformatado.

Armand de Saint Igarapery - textos no Face e no Recanto das Letras