Nossa essência

O que rege o pensamento é um fluxo vital para a promoção da arte individual rumo à coletividade. Consciências despertas para as realidades multifocais. Um olhar plural, desmistificador e dialogador. Romper com o contexto criado, aprofundando nas verdades, resultantes das mentiras somatizadas.

Fazer arte está além da compreensão; é preciso vivenciar, experienciar, colocando no corpo os fluxos energéticos das linguagens dramáticas. Olhar quadrado, plano objetivo. A arte se cria diante dos contextos que influenciam diretamente nas sensações externas e internas. Brincar de fazer arte é também uma forma de aprender os processos do fazer arte.

É necessário verticalizar as inúmeras realidades, discussões e estudos da mágica da criação. Fazendo a verdade ser mentira e a mentira ser verdade. A arte é feita de acordos em prol do entretenimento. O olhar que vê, transvê e promove a junção das particularidades do todo singular, adentrando na complexidade do todo plural. Um olhar fragmentado que somatiza os múltiplos ângulos de uma possibilidade, ou de inúmeras probabilidades.

No decorrer do processo de encrostamento da arte, a teoria explica, a prática resume, a vivência coletiva codifica a essência da arte, mas é na individualidade das causas e dos efeitos que a arte transcende a própria arte, que se abriga dentro da nossa profundidade existencial. Trocando em miúdos a arte é um fluxo energético que rompe com o tempo, com o espaço, com o artista que em estado de contemplação não transvê o mestre, tornando-se impotente diante da singularidade da arte.

Vivenciando o mergulho na arte que se abriga em cada um, facilitamos o olhar focal da câmera que tudo vê. Não existindo um tipo ideal, mas caminhos que justapõem os mecanismos internos, externos, tecnológicos que originam o corpus da obra que fecundamos e parimos. A relação eu e o mundo, o mundo e arte, a vida e os fluxos têm despertado o olhar coletivo da humanidade. Adentrando nos campos da interpretação, do conhecimento do corpo, analisando por meio da arte o mundo, a relação do eu com o outro, a arte que se abriga em nós. Compreendendo os fluxos das emoções, observando os movimentos dos corpos, ampliando a potência vocal.

De forma pragmática e direta, colocamos em prática a arte de humanizar a nossa forma de ver o mundo e as pessoas, a partir da musicalidade, da identificação do que somos e como reagimos dentro dos processos sociais.

A arte tem o poder de libertar as consciências. No decorrer do processo de aprendizagem, afirmo que a arte salva, e posso ir além: a arte cura. Promovendo um fluxo de energia que contagia todos que se aproximam, o diferencial abrolha de dentro de nós. Somos criaturas diferentes, os elos que nos uniu, nos faz cada dia mais conscientes do amor e da paz que se abriga na nossa essência.

Dhiogo J Caetano
Enviado por Dhiogo J Caetano em 25/04/2018
Reeditado em 25/04/2018
Código do texto: T6318909
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