Os Rosários da Matriarca
Eles, os patriarcas, só pagavam a conta. O imaginário da casa, do lar, ficava por conta das mães.
Assim era a minha avó. Trazia seus rosários e à noite punha todo mundo a rezar à beira do fogão a lenha. Se havia sucesso a ordem era: “Rezemos para agradecer”. Se infortúnios, “Rezemos para solucionar”. E ela com seu rosário puxava a reza desfilando as contas do objeto beatificante: “Salve Rainha e Ave Maria” seguiam-se cansativamente. Era uma coisa assim: Maria e Rainha para agradecer e salvar. Porque as dificuldades ficavam era por conta de Deus que queria experimentar a fé.
Os rosários havia dois. Um que ela levava para a missa. Tinha corrente de prata e contas de vidrilhos. O outro era para as rezas em família. Era de corrente ordinária e as contas eram caroços de azeitona que alguém lhe deu de presente como agrado para apaziguar o seu humor. Aí de quem caísse na conta de seu mau gênio! Logo se via a conta a pagar...
Não é que, fruto deste recalque todo, eu também arrumei um rosário esotérico?! Ganhei de presente. Em vez de rezar beatices, eu rezo “poetices”. E vou desfolhando as contas entre os dedos e declamando: Memória Familiar, Revoluções Lunares, Ao Perguntarem quem Eu Sou...* E termino com o Sinal da Poesia: “Eu canto porque o instante existe...”, “O poeta é um fingidor...”; “No meio do caminho tinha uma pedra”! Amém, sou POETA também!
Poxa! Lembrei que eu tenho a conta para pagar!
Eles, os patriarcas, só pagavam a conta. O imaginário da casa, do lar, ficava por conta das mães.
Assim era a minha avó. Trazia seus rosários e à noite punha todo mundo a rezar à beira do fogão a lenha. Se havia sucesso a ordem era: “Rezemos para agradecer”. Se infortúnios, “Rezemos para solucionar”. E ela com seu rosário puxava a reza desfilando as contas do objeto beatificante: “Salve Rainha e Ave Maria” seguiam-se cansativamente. Era uma coisa assim: Maria e Rainha para agradecer e salvar. Porque as dificuldades ficavam era por conta de Deus que queria experimentar a fé.
Os rosários havia dois. Um que ela levava para a missa. Tinha corrente de prata e contas de vidrilhos. O outro era para as rezas em família. Era de corrente ordinária e as contas eram caroços de azeitona que alguém lhe deu de presente como agrado para apaziguar o seu humor. Aí de quem caísse na conta de seu mau gênio! Logo se via a conta a pagar...
Não é que, fruto deste recalque todo, eu também arrumei um rosário esotérico?! Ganhei de presente. Em vez de rezar beatices, eu rezo “poetices”. E vou desfolhando as contas entre os dedos e declamando: Memória Familiar, Revoluções Lunares, Ao Perguntarem quem Eu Sou...* E termino com o Sinal da Poesia: “Eu canto porque o instante existe...”, “O poeta é um fingidor...”; “No meio do caminho tinha uma pedra”! Amém, sou POETA também!
Poxa! Lembrei que eu tenho a conta para pagar!
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Leonardo Lisbôa
Barbacena, 05/05/2017
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L.L..
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