Escola Polivalente

Recentemente conversando com a minha mãe tive a grata surpresa de saber que ela em pleno ano de 2018 conservava na íntegra uma foto minha 3x4 da época da adolescência. E era justamente essa foto, pela qual eu nutria a maior simpatia, logo em seguida peguei o meu celular e fui tratando de tirar uma foto dessa preciosidade e por causa dela vamos dar um giro no passado.
A Escola Estadual polivalente era tudo de bom naquela época, fora fundada no início da década de 70.Tudo era novo: as acomodações, as carteiras, quadros, quadras, campo de futebol. Poderíamos optar por Práticas Agrícolas, Educação para o lar, Artes Industriais e técnicas Comerciais. Tanto era orgulho para o aluno que ali estudava, como para o professor que ali lecionava. Por causa de tudo isso, a concorrência era grande e era necessário um exame para ser admitido nessa instituição de ensino.
E graças ao nosso bom Deus, em fevereiro de 1973, ali estava eu diante daquele fotógrafo com a minha domingueira camisa lilás tirando essa foto
para a realização da minha matrícula na Escola estadual Polivalente do Melo Viana em Coronel Fabriciano na nossa querida Minas Gerais.
Nessa época eu morava no bairro Caladinho de Baixo, sendo necessário caminhar 4 quilômetros para chegar na escola, trajeto esse que eu fazia sem nenhuma reclamação, devido ao prazer de estar ali no Polivalente. Foram quatro anos prazerosos, onde não somente estudava, mas também me divertia.
Eu não perdia uma aula de educação física, o meu professor era o Tião, sabíamos que íamos ter uma sessão de polichinelo, flexão de braço, mas findando os exercícios, as quadras e o campo de futebol com aquele tapete verdinho estariam ao nosso dispor.
Foi ali que aprendi a dançar quadrilha e como eu me divertia com o anarriê, alavantú, balancê, expressões francesas que se misturavam com o nosso caminho da roça, olha a cobra, caracol, todas expressões que eram usadas nas festas juninas.
Por onde deve andar Marlene, Madalena, Rosângela, Cleonice, Ivana e tantas outras amigas com as quais convivi naquela escola. Lembro-me do saudoso professor Sebastião de matemática, que tão jovem teve a sua vida ceifada, deixando belas recordações na arte de ensinar com prazer.
Tempos bons que não voltam mais, ficaram ternamente guardados na minha memória, se eu tivesse um relógio do tempo, com certeza voltaria ao passado e viveria tudo novamente. Por tudo isso que digo que essa foto é uma preciosidade que deve ser trancada num baú debaixo de sete chaves.


 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 14/05/2018
Reeditado em 29/05/2018
Código do texto: T6336712
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