BELEZA INTERIOR

Naquela tarde florida havia perfume e cânticos de pássaros. O regato era majestoso e humilde, porque dentro as asperezas da terra, circundava os caminhos dando um murmúrio quese suplicante. Podia-se dizer, que ao passar o regato, orava e pedia.

Na ternura do seu frescor a grama vicejava, e uma poesia imensa enchia todo aquele recanto, numa tarde feliz.

Sentei-me ali a observar o caminho. Todos que por ali passavam apressados, nimguém deitava um olhar agradecido. Uns amedrontados com as horas ligeras, outros trôpegos e sem interesse, outros ainda contemplando o cenário de seus próprios problemas. Uma indecisão constante preocupava os transeuntes: caminhar e mais e mais depressa.

Parecia-me que os homens não desejavam andar mas correr, alcançar primeiro. Mas alguém teve que parar neste mesmo lugar. Um ancião, às pernas fracas e cansadas o obrigaram a isto.

Ouvi dizer: -O tempo! -O tempo faz parar sem querer! Sim, respondi.

O tempo é a razão que desce em hora oportuna para convencer. Ninguém se lembra deste momento. Ninguém se lembra de que amanhã falará mais perto às cousas do mundo.

Continuando a observar, senti que por vezes o tempo também não consegue dissipar e fazer-se compreender. Meditando ouvi a mesma voz: A dor! Bem, a dor é o tormento, repliquei. Comtinuei a meditar: os que não querem ver, nem esperar, sentirão de perto a dor, para que o tempo seja melhor aproveitado.

Liguemos os nossos pedidos a Deus ao serviço do homem para que, buscando alcançar, reflita e sinta que não só o tempo mas a dor, podem fazê-lo capaz de ressurgir dentro os problemas na forma viva de um ser que tem e pode conquistar o mundo na mais feliz serenidade de pensamentos e ação. equilibrando a vontade, dando sentido à razão de viver no continuo cenário interior que chama por BELEZA E PAZ.

Jaubert
Enviado por Jaubert em 04/09/2007
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