Vendo o sol brilhar intensamente

Já desgastada, uma de sua alça quebrada, jogada no lixão. Logo ela que frequentava o casarão, guardada com muito cuidado pelas cervicais, abrigava os melhores líquidos degustados pelos senhores, quase sempre no período vespertino frequentava as reuniões das madames e suas furteis assuntos das socialites. Suas amigas ao lado sempre resmungavam: Certo que as contenta com meus restos, já que quando eu era por inteiro, elas me desprezava.

Na noite passada, ou melhor de madrugadinha ainda, ouvi passos vindo em sua direção, quando se aproxima, vê um andarilho catando cacos, chuta seu corpo já cheio de trincos dizendo: Isso não presta para mais nada! Ela busca na imaginação: Aqui é tudo recíproco, desde o amor até o desprezo.

Pensa, oh!!! Destino ingrato!!!!! Quem era tão querida por todos, agora tem que ouvir isso.

Mas uma coisa não muda, o sol daquele tempo é mesmo de hoje. Bem! Em certos casos é melhor calar, e deixar o que o desprezo faça o seu trabalho.

Jova
Enviado por Jova em 16/07/2018
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