A indignação é filha da ira e o sujeito pode e deve se indignar com uma situação, com os outros e consigo mesmo. Mas a fúria é a ira em estado de loucura, se for para dentro o sujeito pode até se suicidar, se for para fora o sujeito pode ser injusto ou assassino, é preciso dar nome aos bois: é o desequilíbrio da ira um dos grandes males da humanidade e uma das grandes razões do mal contemporâneo. A fúria é responsável pelo radicalismo político, a fúria é responsável pelos crimes passionais cometidos por não psicopatas, a fúria é responsável por danos terríveis à saúde mental. O autocontrole e o autoconhecimento dependem do saber o nome dos sentimentos que nos acomete, frustração causa raiva, isso é normal, mas se for ira, dependendo do caso já não é tão normal, se for fúria é sempre anormal, exceto em casos de defesa pessoal contra uma violência física iminente, então que se pense nisso, paixão, sem causa política justa, sempre é fúria. Paixão que submete o amor a não pensar sempre é fúria. Quando os homens se retirarem do recinto porque estão sentindo fúria os femicniídios não acontecerão! As pessoas precisam voltar a pensar o que sentem pelo menos para si mesmas, já que dizer para os outros está difícil porque ninguém tem tempo, embora só quem tenha tempo esteja vivo e não viva como um zumbi margeando dramas sem participar deles como uns alienados que às vezes tiram proveito da própria alienação para justificarem as suas intempéries.

* O Professor Ismar Tiffone é pai adotivo de Megan Bite, nossa ( do Boteco Sovaco das Estrelas) acessora em tecnologia da informação, enquanto o professor é o responsável pela navegação internáutica.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 20/08/2018
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