Saúde, Educação e Cultura

Eu estava ali novamente à espera de uma vaga para uma consulta, um lugar de atendimento público, as pessoas que estavam também de alguma maneira precisavam de atendimento médico, alguns mais outros menos, talvez até casos mais emergências seriam relegados, não por imprudência de funcionários, mas sim unicamente deficiência no sistema de saúde.

Mas eu e os meus conterrâneos, até que deveríamos sentir privilegiados, porque em outros lugares deste imenso Brasil a situação está realmente caótica, referindo ao sistema de saúde.

Crítica ou apenas uma análise, eu continuava com meus pensamentos:

--- Quantas pessoas com necessidades emergenciais: consultas, remédios em faltas e muitas vezes, a declaração fulminante: -- não há médicos --- não tem remédios no momento (medicação cedidas pelo sistema e necessárias) depois outra declaração mais fulminante ainda:

--- Desvio de dinheiro destinado à saúde

--- Desvio de verbas destinadas à educação

E assim lá se vai tanto desvio!...

Mas como estava dizendo, minha cidade está entre as privilegiadas, só que de vez em quando olhava um relógio na parede e notava que o bendito estava parado, logo observava também que um funcionário a todo instante mudava o ponteiro manualmente, logo me vinha uma vontade de criticar o sistema, retirando desta vez a análise, mas alguma mensagem misteriosa me indicava para aquietar-me, talvez o meu anjo da guarda tentando me tirar certa revolta, formando na minha mente contra alguns de meus semelhantes.

À minha volta notava pessoas de vários tipos: os revoltosos contra o presidente, governo e prefeito, críticas ferozes contra todos nossos governantes, havia aqueles que esperavam pacificamente a vez de serem atendidos e incrível, defensores audazes do mesmo sistema que estava sendo duramente criticado, mas algo me chamou mais a atenção: uma jovem mãe com seu filho de 9 meses, a criança estava no seu carrinho de bebê, estava sorrindo a todo instante, a mãe conversava carinhosamente com ele quase que ininterruptamente, procurava nos explicar este seu ato visivelmente tão amoroso:

--- Eu vivo conversando com ele porque assim sei que lhe transmito proteção e tranqüilidade para sua formação.

Pronto, está aí uma verdadeira mãe formadora de mente, isto é, se outras iguais à ela, souberem além desta saudável comunicação, ensinar o valor da honestidade, para estes pequeninos seres, será útil um dia para estas crianças em plena formação, uma convivência saudável com seus semelhantes no futuro, continuei com meus pensamentos mais confiante, dizendo pra mim mesmo:

--- Nem tudo está perdido!...

18/10/2011

Mas, agora em 2018, (como podem observar, o tempo passou num piscar de olhos) quanta água já passou por debaixo da ponte e o embaraço de um modo geral ainda continua. O Brasil ainda tropeça (já sei você pensou que tropeça no futebol não é? Mas ele tropeça na política também) nossa! aquele lindo bebê que estava com um inebriante sorriso, agora em idade escolar! E aquela mãe ainda continua firme em suas convicções? Estará na certeza de votar e seu candidato poderá fazer um bom governo? Ou estará de acordo com grande quantidade de brasileiros numa indecisão descabida de que continuará a terrível corrupção?

Não sei, só o tempo dirá e pior que ele passa depressa!!!