O VOTO PERTENCE AO ELEITOR
Durval Carvalhal
Na eleição municipal de 2012, Lula estava no auge do reinado; Dilma era a toda poderosa; o PT era o partido mais influente; Jacques Vagner era o governador da Bahia muito bem avaliado; a militância estava motivada; o candidato a prefeito de Salvador era um deputado muito influente; a coligação era enorme, tinha 2/3 do tempo de TV.
Toda essa conjuntura contra um candidato pequeno, até no tamanho, cujo partido definhava e só tinha 1/3 de propaganda na TV. Ninguém, mas ninguém mesmo, acreditava numa vitória. A agremiação gozava, então, de pouquíssimo prestígio em Salvador e no País, cujas principais lideranças já não mais existiam, ou definhavam
A expectativa de vitória no primeiro turno não saia da cabeça da família petista. Era como se a seleção brasileira fosse jogar contra um time de terceira ou quarta categoria. A goleada era certa. Sabe o que aconteceu? O PT perdeu nos dois turnos. Uma derrota fragorosa e acachapante. Portanto, o voto é soberanamente do eleitor e ponto final.
Mormente em uma época em que o ex-presidente Lula amarga uma brutal rejeição de 55,8%, o que inviabilizaria sua candidatura, se não fosse ficha suja, como esperar que ele transfira seus votos para Fernando Haddad, que perdeu a reeleição para a prefeitura de São Paulo, logo no primeiro turno?
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