Bola de meia e de borracha

Estou cansado desse lenga-lenga político, desse noticiário tipo conversa de bêbado, indo e voltando, de tanto cientista político e da multidão de idealistas. Tenho consciência que fiz a minha parte como cidadão e democrata, ainda vou fazer alguns comentários, mas sem ser com sangria desatada, excitação, frenesi e nem frisson. Sou um véio meio chato, não gosto de amostramento e nem de bancar o destemido e nem tampouco valiente. Sou apenas um véio meio caduco, asmático e pobre. Sou doido pela minha pátria, mas com comedimento porque amor de verdade nao faz reclame, é sóbrio. Fui obrigado a rirquando li a carta de FHC e a capa da revista The Economist. Parece que houve umacidente de percurso. Tem rposa política e graúdo cortando inha zero. Mas naão posso rir, tenho medo da asma. Por isso vou dar mais atenção às minhas maltraçadas não políticas. Vamos a deste final de noite, antes deassistir Segundo Sol e depois mais um capítulo da série da Netflix La Casa de Papel (sugestão do neto, estou adorando).

Muito se tm discutido sobre futebol. Não raro vemos pela tevê e ouvimos pelo rádio mesas-redondas e debates sobre o "porquê" dis craques de hoje não terem a mesma classe e o mesmo domínio de bola dos de antigamente. Várias teorias são discutifdas, mas não se vai ao âmago da questão. E o motivo é muito simples.

Na minha opinião, os craques de hoe são inferiores porque o futebol nao é mais o divertimento predileto da meninada. Os meios de comunicação, em especial a televisão, modificaram os nossos usos e costumes, sugeriram outros esportes e outras diviersões restringindo o tempo que a meninada tinha para bater as suas peladas. A tevê rouba partedesse tempo e as maquininhas o resto. Enquanto eles estao vidrados nas tevês, maquininhas e no modismo, estão afastados da bola.

Há outro problema: hoe não existe mais os terrenos baldios, os campinhos improvisados onde a molecada fazia sos seus "rachas", às vezes o dia quase inteiro. Era nesses campinhos que surgiam os grandes craques. Sem eles, ou com a drástica redução deles, a meninada ficou sem local para realizar as suas peladas.

Mas há ainda outro fator ou motivo, este tamabaé pernicioso. Éque hoje meninada nao oga mais com bola de meia e nem com bola de borracha. Começam logo com a bola de couro ou de futebol de salão. Mais: não começam ogando descalços, mas de tênis, basqueteira ou chuteira. Ora, sem o estágio da bla de meia e bola de borracha, sem johar descalços, ningupem aprende dominar a bola com perfeição. Há ainda o absurdo de iniciar a criançada no campo de futebo ofici ou quadra de futebol de salão, em vez dos terrenos baldios, muros, ponta de rua.

Não consegui desenvolver no futebol, principalmente por causa da asma, mas aprendi a dominar a bola, dominar, driblar, e aprendi jogando descalço nos terrenos baldios, jogando com bpla de meia e bola de borracha. Tive que deixar logo, mas amigos meus desenvolveram e alguns jogaram uito bem.Volta e meia rememoramos os nossos rachas, momentos que alguns marejam os olhos, e todos se lembram do estagio na bola de meia e de borracha.

Hoje vejo a moçada vibrando com o futebol do estrangeiro, sentados à frente da tevê comendo hamburgueres e tomando coca, sem aprender a dar um chute numa bola. Isso me diexa triste.

No mais, era uma vez o tempo da bola de ia e da bola de borracha. Era ua vez o tempo que a meninada jogava futebol. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 21/09/2018
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