Reflexões pós-facada no Bolsonaro

Dá pra imaginar como estão os marketeiros dos candidatos à presidência do Brasil, buscando pelo em ovo para detonar o inimigo de qualquer jeito. Com todos "indicativos" colocando o Bolsonaro no segundo turno, essas maquiavélicas cabeças pensantes estão 48 horas por dia armando estratégias para jogá-lo fora do páreo. É claro que as notícias fornecidas pelos assessores do Jair a respeito do seu estado de saúde passam por milhares de filtros antes de serem liberadas. Por isso nós, incautos eleitores, nunca saberemos a crueza dos fatos, o que realmente está rolando. Isso faz voltar o filme do Tancredo, já de braços dados com a morte, e saindo na midia que ele estava tinindo de bom. Um presidente para subir a rampa do Planalto tem que ter boa saúde? O que é "boa saúde" para alguém estar capacitado a conduzir o leme desse nosso Brasil? O cara, mesmo capenga, teria o aval da Constituição para assumir o posto mais cobiçado do país estando mais pra lá do que pra cá? Desejo que ele se restabeleça 200% para poder brigar com os demais players com igualdade de armas e que seja um embate justo e digno. Se ele for para o 2o. turno, imagino que o outro vai usar, de forma sutil ou escancarada, as eventuais sequelas que a facada em Juiz de Fora lhe deixou. Não sei se há algum impeditivo legal que exija uma "saúde perfeita" de quem ocupar nossa presidência e quais os critérios para aferir isso - já que bem sabemos que fraudar laudo médico é tão difícil quanto somar 2 com 2. Nesse vale-tudo, qualquer fiapo pode mudar o curso do jogo. E quando esse "fiapo" tem a dimensão de um Everest, vira prato cheio para a turma que respalda o candidato. Vamos ver no que vai rolar.

Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 23/09/2018
Reeditado em 23/09/2018
Código do texto: T6456884
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