Morena do São domingos
Novamente resolvo pegar o Expresso do Tempo, cujo destino é a década de 80, morava na Avenida Magalhães Pinto na cidade de Coronel Fabriciano. Na época tinha 20 anos e trabalhava no Departamento Pessoal da Empresa Águia Branca, na cidade vizinha de Ipatinga, ambas as cidades situadas no estado de Minas Gerais.
Num belo dia, quando eu ia trabalhar, ao entrar no ônibus que vinha do bairro São domingos, observei uma jovem que estudava na Escola Estadual. Como ela era linda, morena, cabelos cacheados castanhos. Seus olhos eram pretos, aquele olhar além de vibrante, cintilante. Sua pele parecia macia como a seda, sem falar que não havia uma cicatriz sequer, pelo menos aonde os olhos poderiam alcançar. Discretamente, os olhares eram cruzados, esse jogo de sedução acabou somente, no ponto da rodoviária, quando ela desceu para estudar.
A partir de então, aquela jovem, por um bom tempo, iria marcar o meu coração. Eu já levantava, na expectativa de ver a morena do São Domingos. Rapidinho eu me arrumava, escovava os dentes, tomava café e já ia correndo para o abrigo, na expectativa de ver aquela estonteante criatura divina. Que coisa gostosa, era entrar naquele ônibus, e ver aquele colírio na minha frente. Meu coração disparava, naqueles poucos instantes, eu não observava nada, meu foco era apenas aquela divina deusa. Em compensação, quando eu adentrava aquela lotação, e percebia que aquele anjo celeste, ali não estava, quanta frustração enchia meu ser, era como a partir daquele momento, o dia ficasse sem vida e sem brilho.
Que sentimento belo! Nunca eu a tive nos meus braços, em momento algum nos falamos, jamais saberia o seu nome, mas o que isso importa, a contemplação daquela beldade, satisfazia todo o meu regozijo, não era preciso tocá-la, simplesmente vê-la e saber que ela estava saudável, linda como sempre, irradiava todo o meu ser.
Novamente resolvo pegar o Expresso do Tempo, cujo destino é a década de 80, morava na Avenida Magalhães Pinto na cidade de Coronel Fabriciano. Na época tinha 20 anos e trabalhava no Departamento Pessoal da Empresa Águia Branca, na cidade vizinha de Ipatinga, ambas as cidades situadas no estado de Minas Gerais.
Num belo dia, quando eu ia trabalhar, ao entrar no ônibus que vinha do bairro São domingos, observei uma jovem que estudava na Escola Estadual. Como ela era linda, morena, cabelos cacheados castanhos. Seus olhos eram pretos, aquele olhar além de vibrante, cintilante. Sua pele parecia macia como a seda, sem falar que não havia uma cicatriz sequer, pelo menos aonde os olhos poderiam alcançar. Discretamente, os olhares eram cruzados, esse jogo de sedução acabou somente, no ponto da rodoviária, quando ela desceu para estudar.
A partir de então, aquela jovem, por um bom tempo, iria marcar o meu coração. Eu já levantava, na expectativa de ver a morena do São Domingos. Rapidinho eu me arrumava, escovava os dentes, tomava café e já ia correndo para o abrigo, na expectativa de ver aquela estonteante criatura divina. Que coisa gostosa, era entrar naquele ônibus, e ver aquele colírio na minha frente. Meu coração disparava, naqueles poucos instantes, eu não observava nada, meu foco era apenas aquela divina deusa. Em compensação, quando eu adentrava aquela lotação, e percebia que aquele anjo celeste, ali não estava, quanta frustração enchia meu ser, era como a partir daquele momento, o dia ficasse sem vida e sem brilho.
Que sentimento belo! Nunca eu a tive nos meus braços, em momento algum nos falamos, jamais saberia o seu nome, mas o que isso importa, a contemplação daquela beldade, satisfazia todo o meu regozijo, não era preciso tocá-la, simplesmente vê-la e saber que ela estava saudável, linda como sempre, irradiava todo o meu ser.