Alegria, Alegria

Adoro, a música "Alegria, Alegria", de mestre Caetano Veloso, Logo nos primeiros versos, "Caminhando contra o vento/ Sem lenço e sem documento/ No sol quase de dezembro/ Eu vou...", me emociono, lembro um grande moento da MPB e da história da resistência democrática. É uma música que levanta o astral, anima, dá esperança, reduz a tensão.

Estamos precisando de alegria, muita alegria ´para anos animar a espantar o clima tenso, buscar a paz, repelir as raivas, os rancores, os ódios, toda essa onda que está gerando violência verbal e até física. É pefeitamente possível se fazer o debate, fazer campanha, particpar de eventos sem recorrer ao mau humor, às explosões de ódio incontido, à violência verbal, sem necessidade de desclassificar os outros, sem intolerância. Precsaos preservar o humor, a alegria, a humanidade. Precisamsos viver em comunhão. Não motivo nenhum para essa escalada de raiva e de irraconalidade.

Não, não sei viver, mesmo em momentos difícies, sem ternura e sem humor, a alegria é ara mim essencial. A tensão, as incompreensões, esse frisson de querer enquadrar as pessoas, torná-las agressivas, me sufoca, é pior que a asma, me deprime, sou escravo da alegria, como diz oum samba de Vinicius. Há pouco depois de ouvir a musica de Caetano, peguei um dos meus livros de cabeceira, "Um Olhar sobe a Cidade", que contem uma seleção de crônicas do saudoso Dom do Amor, Dom Hélder Câmara, livro proibido pela ditadura, e reli mais auma vez uma das crÇonicas que mais gosto, "Sorrir". Ela complementa o efeito da música. Não vou transcrever toda a crônica, apenas o final:

"Desamarre seu rosto. Não pense que cara séria resolve problema. Cara feia, para o Povo, não é tanto falta de beleza; é cara enjoada, enfezada, de poucos amigos...

"Nao trinque os dentes. Nao cerre os lábios. Deixe que eles se abram felizes, sorrindo para tudo e para todos, para os homens e para Deus!".

É isso aí, vamos baixar a bola, reduzir a tensão, sossegar a periquita, parar com a intolerância e com a mania de não respeitar a opinião dos outros. Alegria, Alegria, galera. Vamos viver a vida sem perder a ternura e o huor jamais. Axé e, claro, Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 11/10/2018
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