Asas Arrancadas
O Tempo voa!
A Liberdade tem suas asas.
Do tempo, a humanidade quer arrancar as asas e impedir a liberdade. E perpetuar os sofrimentos.
O tempo é uma noção feita pela humanidade.
Há quarenta anos o jovem saiu para votar pela primeira vez. Caminhava assustado: Como seria? O que seria? Viria?
A Ditadura militar se fazia. A ditadura oligárquica se mesclava dando seus ares.
Em cada esquina grupos panfletavam a permanência da velharia. O regime fingia-se democrático: havia até dois partidos. Arena e MDB: cara e coroa da mesma moeda.
Em cada esquina soldados e policiais vigiavam a ordem.
Subversivos escreviam subversos em canções de liberdades subtendidas.
O tempo voou.
A primeira seção eleitoral foi naquela escola que ensinava rapazes noções de agropecuária e às moças, Economia Doméstica. A escola fechou.
Depois fora na velha escola do Ginásio e Colégio Mineiro. A escola tornou-se pública.
A Liberdade tem suas asas e trouxe a Abertura Política.
A seção eleitoral agora seria no prédio da Cadeia Pública reformada, mas antes abrigava ainda instrumentos de tortura e de escravidão.
O tempo voa e a memória perpetua o quê foi. A História quer desfazer as amarras.
Ali, aqueles que eram jovens, agora são senhores e senhoras. Mas ai que saudade da ditadura, abaixo a dentadura.
Aquela senhora com traços ainda joviais marcava presença: “Aí, em quem você vai votar? Teu voto vai ser nele, não é?” Indagava a todos na fila. E foi assim até que alguém lhe bateu no ombro e lhe disse: “Isto é crime eleitoral e você será presa!”
Ela assustada e sem graça retrucou: “Eu sou ré primária; até que hora eu fico presa?”
Murchou toda até que enfim fora dar seu voto no inominável.
A humanidade quer arrancar as asas, impedir a liberdade e perpetuar os sofrimentos.
As paredes daquele lúgubre recinto choravam os sofrimentos.
O Centro Cultural lembrava o tempo da Escravidão e das Ditaduras. Mas...
A Liberdade tem suas asas.
O Tempo voa!
A Liberdade tem suas asas.
Do tempo, a humanidade quer arrancar as asas e impedir a liberdade. E perpetuar os sofrimentos.
O tempo é uma noção feita pela humanidade.
Há quarenta anos o jovem saiu para votar pela primeira vez. Caminhava assustado: Como seria? O que seria? Viria?
A Ditadura militar se fazia. A ditadura oligárquica se mesclava dando seus ares.
Em cada esquina grupos panfletavam a permanência da velharia. O regime fingia-se democrático: havia até dois partidos. Arena e MDB: cara e coroa da mesma moeda.
Em cada esquina soldados e policiais vigiavam a ordem.
Subversivos escreviam subversos em canções de liberdades subtendidas.
O tempo voou.
A primeira seção eleitoral foi naquela escola que ensinava rapazes noções de agropecuária e às moças, Economia Doméstica. A escola fechou.
Depois fora na velha escola do Ginásio e Colégio Mineiro. A escola tornou-se pública.
A Liberdade tem suas asas e trouxe a Abertura Política.
A seção eleitoral agora seria no prédio da Cadeia Pública reformada, mas antes abrigava ainda instrumentos de tortura e de escravidão.
O tempo voa e a memória perpetua o quê foi. A História quer desfazer as amarras.
Ali, aqueles que eram jovens, agora são senhores e senhoras. Mas ai que saudade da ditadura, abaixo a dentadura.
Aquela senhora com traços ainda joviais marcava presença: “Aí, em quem você vai votar? Teu voto vai ser nele, não é?” Indagava a todos na fila. E foi assim até que alguém lhe bateu no ombro e lhe disse: “Isto é crime eleitoral e você será presa!”
Ela assustada e sem graça retrucou: “Eu sou ré primária; até que hora eu fico presa?”
Murchou toda até que enfim fora dar seu voto no inominável.
A humanidade quer arrancar as asas, impedir a liberdade e perpetuar os sofrimentos.
As paredes daquele lúgubre recinto choravam os sofrimentos.
O Centro Cultural lembrava o tempo da Escravidão e das Ditaduras. Mas...
A Liberdade tem suas asas.
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 07/10/2018
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998.
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