Véio caçador de ticacas

Concordo que quando os cabelos embranquecem, o sujeito tem que se tornar light em todos os sentidos. Mas não pode (e não deve jamais) abandonar assuas idéias e nem deixar de dizer o que pensa. Nem deixar de se indignar frente às injustiças. Para viver com dignidade temos que ser nós mesmos, nao omitindo nunca aquilo que pensamos ou desejamsos. Acho que o homem (e a mulher também, claro)tem que ser transparente. Viver pisando em ovosnão é viver, é vegetar. Deixar por conveniência de emitir uma opinião porque ela pode desagradar a um poderoso ou metido a, é um absurdo. Quem não diz o que pensa contra o virus da subserviência. E colkoca em si próprio um freio nas ventas e um barbicacho. O homem digno não pode e não deve esconder o que pensa.

Mas vou falar na escrita, afinal é um dos meios que uso para me comunicar. Cada um tem uma maneira própria de escrever. Uns planejam, pesquisam, organizam notas. Eu não. Não planejo e nem oganizo nada. Se etentar fazer isso não escrevo piroca nenhuma. Por isso mesmo, admito, erro paca, Secomeçar a trocar termos, retirar uma opinião, refazer um trecho, aí o sim vira não e o não vira sim. Resultado rasgo o papel. É certo que já parto com alguma coisa na cabeça: talvez a indignaçãocontra sos exploradores do povo, s fascistas, os falsos moralistas e os bajuladors de todas as espécies. Vou ser direto: para mim só existe algumas unanimidades: Jesus Cristo, Nossa Senhora, Gregório Bezerra, Che Guevara, Garrincha, Dom Hélder Câmara e ultimamente o Lula. Sim, Luis Inácio Lula da Silva. Há outros menos votados. Detalhe: nada contra quem tem os seus ídolos mas tem medo de declarar. Eu não tenho, medo só tenho de barata, assombração e mulher braba. Medo de soldado, cabo, sargento, capitão, general, juiz, bispo, Cardeal, banqueiro, poderoso de qualquer espécie, homem nenhum me mete medo. Para mim, afora sos medos, citados, medo é manha e cara feia é safadeza.

Confesso também que tenho absoluta certeza que sou uk mero combatente da liberdade, no máximo um polemista matuto. Reconheço que meus escritos não têm valor literário nenhum. E digo isso com a autoridade de quem leu todos ps grandes atoress da nossa literatura, sei, ´portanto, que minhas maltraçadas são apenas desabafos e inignações. Estou convicto como diz um amigo de adolescência que spu apenas um véio caçador de ticacas. Certa feita, num texto que escreveu sobre mim, um amigo, este realmente um cara que sabe escrever disse: "... Julgo que as idéias brotam-lhe do cérebro com muita velocidade e ele as transpõe no meso ritmo para as fohas de papel. Poderia burilá-las, mas as exigências do seu trabalho de bancário atarefado impedem os retoques que, no final de contas, se me afiguram dispensáveis". Acertou em parte, orque tempo para melhorar o texto eu tinha, o que sempre me faltou foi vontade e conhecimento das normas gramaticais.

Façei anteriormente que quando os cabelos embranquecem a gente tende a ficar moderado. Disse mais fiquei meio "cabreiro". Por um motivo muito simples: é quer continuo com as mesmas idéias e o mesmo espírito do moleque de antigamente, com a mesma aversão ao elitismo, à exclusao social e aos prepotentes e fascistas. Se antes nos temos da adolescência, quando tinha um acesso de asma e o meu pai me aplicava uma injeção de Aminofilina ou Soro Heckel, e logo depois eu ia falar mal dos poderosos e da eliyte do lugar, hoje nada mudou, quando tenho a crise de asma tomo a bombinha Berotec, e depsois com as maãos ainda trêmulas, devido ao efeito do remédio, mando brasa nas teclas de uma velha máquina de escrever. Não vou mudar nunca. Não sou traíra e nem covarde. Sou e serei sempre o mesmo moleque do Major Wilson Pôrto, lá de Arcoverde. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 14/11/2018
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