Por que escrevemos?

Afinal, por que escrevemos? Para quem escrevemos? A indagação maior sempre ataca-me e então fico pensando numa resposta plausível. Escrita é linguagem e esta última é um objeto ao qual nós damos forma aos pensamentos, sentimentos, emoções, entre outras coisas que podemos comunicar.

Há algo mais cativante para o homem que não seja a linguagem? Talvez. Porém, tratando a linguagem como um instrumento de fascinação e de descrição, ela torna-se mais importante que tudo para o homem moderno. Sem comunicação viveriamos como um selvagem sem visão.

Mas por que escrevemos? Ora, escrita também é linguagem, precisamos escrever para comunicarmo-nos com os interlocutores, para identificarmo-nos. É por isso que escrevemos. Se escrevemos então há leitura, esta é um modo de convivência com ideias e valores de outros mundos. A leitura, por sua vez, é uma atividade de acesso ao saber, ao prazer e, ainda, uma atividade de ingresso às especificidades da escrita, como diz Irandé Antunes no livro Assumindo a Dimensão Interacional da Linguagem.

A literatura é fundamental. Por quê? Porque com ela temos o direito ao sonho e também a seguridade da realidade. Mario Vargas Llosa diz: "A literatura não é algo que nos faça felizes, mas ajuda-nos a defendermo-nos da infelicidade." Sendo assim, escrevemos para fugir do lance infeliz, para resistirmos à desdita que assola tantas pessoas.

Leandro Ferreira Braga
Enviado por Leandro Ferreira Braga em 17/11/2018
Código do texto: T6505167
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