Verdade Chinesa

Hoje levei a esposa à cabeleireira. Saíos devagarinho andando meio lento, aspirando o que resta de ar puro e conversando amenidades, sem esquecer de pichar a prefeitura deviddo aos buracos nas ruas. Deixei a esposa no salão e fiquei esperando por ela num bar que fica na vizinhança. Pedi logo uma dose do Professor (Teatchers) e, contrariando meu hpabto de so tomar o danado puro, caubói, mandei botar uma pedrinha pixototinha de gelo (tava fzendo um calor infernal). Mexi a dose bem devagarinho co o fura bolos e tomei a metade da dose, entrou meio na marra, é sempre assim, depois desce redondo, redondinho, tipo uisque 12 anos. Juro. Tomei outra e na terceira o rapaz do bar, que conheço há long long time, botou um CD de Emílio Santiago, ele sabe que me amarro nas músicas do saudoso cantor,, naquela hora era pouc mais de dez da manhã, ainda náo tinha ninguém, estavam arrumando as mesas e cadeiras. A primeira música que rolou foi uma das que gostao mais, "Verdade Chinesa" que começa assim: "er só isso que eu queria da vida/ Uma cerveja, uma ilusão atrevida/ Que dsesse uma verdade chinesa/ Com uma intenção de um beijo doce na boca...".

Estava bebericando e ouvindo a música quando na pastelaria que fica na frente do bar parou um carro e dele desceu uma senhora bem vestida amparada numa bengala de luxo e acompanhada de um rapazinho, O acomphante entrou, ela ficou aenas na porta, mas aí viu o bar e olhou para mim, apurou a vista e botou os óculos. No mesmo instante amparada na bengala cruzou a rua e entrou no bar e olhado para mim nos olhos disse divertida: - Vôte, pensei até que fosse assombração. Eu nãovia essa amiga há muito tempo. Ela ficou ali e então aponti para a caixa de som momento o cantor repetia o seguinte verso: "Senta, se acomoda/ à vontade, tá em casa/ toma um copo/ Que a tristeza vai passar/ Deixa que amanhã, tem muito tempo/ o que vale é o sentimento/ e o amor que a gente tem no coração". Ela sentou e pediu logo uma cerveja, não oma uísque. E perguntou: - Cabra véio, eu também curto esse cantor, mas me diz uma coisa, que porra é uma verdade chinesa? Ri, uma pergunta difícil, tive que improvisar: - Nitinha, todo chinês é paciente, calmo, nçao gosta de pressa. É mais racional que a gente. Eles dizem que é melhor acender uma vela que maldizer a escuridão. É uma verdade chinesa, não devemos nos apressar e nem fazer as coisas sem prazer. Acho que a verdade chinesa é otimismo, viver e deixar os outros viverem, mas a nossa verdade chinesa tem um pouco de preguiça, certo? Ela riu, disse que eu era um mentiroso. Então ficou séria e perguntou: - Bicho, tô muito velha e feia? Não minta. Você dizia que eu era parecida com Rita Hayworth, e agora? Fui sincero: - Para mim você continua linda, eternamente Gilda, a personagem do filme famoso, como lhe dizia. Eu vejo as pessoas Nitinha, com os olhos do passado, sempre com os olhos do passado. Mas colocando as lentes do presente vejo você elegantérrima. Juro. - Não tô de jogar fora, né? Respondi: - De jeito nenhum, continua um pedaço. Ela riu satisfeita e comentou: - De todos os amigos o menos mentiroso é você. Tenho muita saudade do passado, e sepre me lembro de você sempre com a porra daquelas ideiasde merda. Rimos muito, então o neto dela apareceu, nos despedimos, e ela antes mandou o rapaz comprar um bolo de laranja para mim, lembrou que adoro esse bolo. E saiu toda empoderada e rindo.

Daí a pouco a esposa chegou, mostreio bolo que Nitinha me deu, ela deu um cavaco danado porque não viu a amiga, saismos no momento que Emílio Santiago cantava "Saigón", adoro tambpem essa múisca. A mulher me perguntou; - Serpa que em Saigón faz mais calor que aqui? Não soube responder. Mas diisse a ela: - Não sei, mas sei que tanto faz viver nu apartamento no Recife coo um Saigon. Acho que e uma verdade chinesa. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 05/12/2018
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