Balanço de Ano Velho / Desejos de Ano Novo

Todo ano que se vai deixa recordações boas ou más e 2018 não foi um ano diferente. Durante o seu correr tive muitas alegrias que, medidas em tempo, suplantaram em muito os momentos de tristeza, mas foram esses que prevaleceram e marcaram o meu ano. Tive cinco perdas memoráveis que me causaram consternação: minha mãe, um tio querido, duas cunhadas e um amigo especialíssimo.

Mas, fazer o que? O sofrimento faz parte da vida e é uma experiência fundamental da qual ninguém se livra, revelando-se a cada um como vivência única, seja no campo físico, psíquico ou espiritual. É uma experiência forte e direta, que não deixa ninguém indiferente, segundo a Carta Apostólica Salvifici Doloris, do papa João Paulo II, que trata sobre o sentido cristão do sofrimento humano (esclareço que não li a Carta Apostólica, mas apenas alguns comentários rasos sobre ela).

Em compensação o ano passado também me brindou com intensos momentos de alegria, dentre os quais dou destaque à convivência familiar onde experimentei o muito amor e carinho que me dispensaram minha esposa, meus filhos, seus cônjuges e meus netos. Muito mais do que eu fui capaz de lhes oferecer.

Neste ano que acabou de terminar me senti muito mais próximo de meus irmãos, talvez em decorrência da dor comum que experimentamos, mas o fato é que tivemos um contato maior que me trouxe enorme satisfação. Portanto, coloco na coluna do lado bom de 2018.

Meus amigos também foram fontes de alegria, auferida no contato fraternal nos muitos eventos ocorridos neste ano: almoços e jantares, viagens, pescarias, comemorações a rodo; nas intermináveis conversas; nos confortamentos que me prestaram em momentos dolorosos e nos aconselhamentos nas dúvidas, além daquela segurança que sempre transmitiram, no sentido de que com eles poderei contar sempre, seja para o que for.

Profissionalmente foi um ano de desafios e estreitamento dos laços com os colegas, especialmente com os mais novos, cujo crescimento tive o prazer de observar no dia a dia.

E um fato auspicioso para encerrar: terminei 2018 com algumas gramas a menos do que em 2017!

Por essas e outras circunstâncias posso afirmar que 2018 foi pra mim um bom ano!

Para 2019 desejo, como todos, somente coisas boas: um mundo em que não falte paz e solidariedade; para nós brasileiros, atitudes que possibilitem mudanças realmente transformadoras, para que a eterna esperança de dias melhores se torne realidade; aos familiares e amigos, a capacidade de concretizar seus sonhos e que em suas vidas prevaleçam os momentos de felicidade; para mim, saúde, sabedoria e talento para amar e ser amado.

No mais, vou seguir apreciando a beleza e cultivando a paciência, pois, segundo li há pouco numa mensagem de WhatsApp, o segredo da vida resume-se na beleza e paciência, porque assim deve ser: “se der certo: beleza; se der errado: paciência!”.

Hegler Horta
Enviado por Hegler Horta em 02/01/2019
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