Tecnologia, sim.ou não?

O ser humano, desde sempre, utiliza-se de varias formas de orientação para se locomover (posição solar, estrelas, lua, mares...). A linda Matemática ensina que a distância a ser percorrida entre o ponto de partida e o de chegada é calculado pela fórmula d=v.t, um cálculo quase simples da velha regrinha de três. Então é fácil planejar o tempo de viagem, certo? Por exemplo: para uma distância de 400 km, numa estrada que permite a velocidade média de 100 km/h, tranquilamente você levaria 4h de viagem. SQN, num dia depois das festas de réveillon, em pleno período de férias, pequeno detalhe que sendo esquecido cria uma baita incógnita na programação feita com hotel reservadinho e tudo.

Há que se fazer a pergunta: como será que os antigos, que utilizavam as estrelas como guias, faziam em dias de chuva? Deviam ficar esperando a chuva passar, pode ser a resposta. Mas na atualidade a tecnologia disponibiliza ferramentas fantásticas para esse tipo de contratempo. Para o condutor moderno, basta pegar seu celular e dizer: “oi Google”. E uma voz feminina, que não é a que está no carro, parece mais vir do além, responde: “você está BR x num ponto de congestionamento de aproximadamente xx minutos. Você chegará ao seu destino às xh” (horário nada parecido com o programado).

O condutor olha o mapa e o caminho está cheio de pontos em vermelho e trata de avisar os acompanhantes que a coisa está séria, tem muita “tranqueira” e não vai dar pra pernoitar no local previsto. Mas a descrença na tecnologia ainda existe e o condutor fica proibido de falar com aquela mulher que não sabe de nada. É melhor se guiar pelo sol e ter a esperança de que todo aquele povo ficará pelo caminho e a estrada ficará exclusivamente para o carro em questão. Tudo vai passar!

Ledo engano. Dentro do carro, o tempo vai passando, as piadas rareando a vontade de ir ao banheiro aumentando e em cada posto de parada que se passa o volume de carros com gente em desespero é enorme... vamos indo, vamos indo..., mas chega a hora que não dá mais e o jeito é enfrentar as filas.

A esperança do descrente da tecnologia se desfez e a reserva do primeiro hotel teve que ser desfeita, um novo hotel foi reservado, utilizando o que? A bendita tecnologia do celular. Que foi recarregado como? Com a bendita tecnologia do carregador do carro.

A partir dai, o ser mais descrente dos viajantes passou a ficar preocupado com a recarga constante dos celulares, para que o tal GPS – Global Positioning System estivesse sempre disponível, pouco importando se “aquela mulher misteriosa” soubesse de tantos detalhes da viagem familiar.

Vantagens e desvantagens dos tempos modernos. Antigamente se pensava que só os mais íntimos e Deus soubesse das nossas vidas, hoje sabemos que nossas vidas estão em um livro escancarado, se facilitar, a tal mulher misteriosa consegue até medir os gases íntimos expelidos dentro do veículo. Mas que valeu a ajuda da tecnologia, ah isso valeu. Fomos e voltamos bem ligadinhos. Nosso condutor foi nota mil e os lugares que conhecemos vão ficar pra sempre na memoria e, caso a gente se esqueça, tem as fotos guardadas na tecnologia!

Lugares visitados: Santuário de Aparecida- SP e Paraty- RJ, em janeiro de 2018. Belas lembranças!

Tânia França
Enviado por Tânia França em 13/01/2019
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