QUE BOLSONARO É ESSE?
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(Por Olavo Nascimento - Janeiro de 2019)

Esse Bolsonaro aí é o Flávio. FLÁVIO NANTES BOLSONARO, o filho primogênito do homem que está prestes a nos causar mais uma decepção com políticos brasileiros. O homem é o nosso Presidente da República JAIR BOLSONARO, eleito com quase 58 milhões de votos (55% dos eleitores) em 2018 para um mandato de quatro anos que começou neste início de 2019.

O que tem surgido ultimamente na imprensa sobre desvios de conduta do "filho do homem", principalmente sobre a suspeita de prática indevida da "RACHADINHA" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, faz-nos remeter ao título do livro de Fernando Gabeira sobre os "anos de chumbo": O QUE É ISSO COMPANHEIRO? Não sou companheiro do Flávio nem eleitor dos Bolsonaros, porque deixei de votar em políticos há algum tempo por não acreditar em nenhum deles. Sou um ex-eleitor anti-partidarista e anti-ideológico que tomou a posição de não votar em mais ninguém, por preferir se arrepender por não ter votado, do que se arrepender por ter votado.

Achei um absurdo os crimes de corrupção cometidos pelos governos do
 PT e PMDB de Lula e Temer e talvez por isso, cheguei a torcer pela vitória do capitão que chegou com uma proposta anti-petista voltada para a segurança da população e principalmente com o viés de combate à corrupção. Tudo muito bonito, até o seu filho mostrar a sua cara. Lamentável.

E não é por eu ser um crítico ferrenho das falcatruas de governos anteriores e ter torcido pela vitória do Bolsonaro, que eu vou fazer diferente agora. Falcatruas não se perdoam mesmo com valores diferentes entre elas. Não importa: tudo é falcatrua. Minhas crônicas têm mostrado o meu repúdio contra a figura do ex-presidente Lula que agiu como chefe de uma quadrilha engendrada para surrupiar o Brasil e que a Operação Lava-jato não deixou barato. E é exatamente por ser apolítico e anti-partidarista que eu tenho que usar a coerência para criticar também o filho do homem que hasteou uma bandeira contra a corrupção e se elegeu por isso. O governo do PT foi uma lástima e se o nosso novo presidente for também coerente com os seus discursos, tem que tomar uma providência contra estes desvios do seu filho, fazendo ele pagar pelos seus erros como tem determinado para outros agentes investigados, suspeitos ou denunciados.

Segundo as evidências, Flávio Bolsonaro está envolvido com a "rachadinha", que nada mais é do que recolher parte dos salários de assessores legislativos em benefício próprio, prática de apropriação indébita e improbidade administrativa que também atinge diversos funcionários de outros gabinetes.

O imbróglio começou com as operações suspeitas verificadas na conta do seu assessor
Fabrício Queiroz sobre o montante de R$ 1.200.000,00 sem lastro para tal, além de ter sido comprovado um depósito total de R$ 96.000,00 na conta-corrente de Flávio, oriundo de 48 depósitos individuais de R$ 2.000,00 em horários diferentes no mesmo dia, incluindo também um pagamento de R$ 1.000.000,00 através da Caixa Econômica sem destinatário identificado.

Tudo muito estranho não é mesmo? Estranho para um sujeito que alarda a honestidade como a sua bandeira de atuação e que aciona o Supremo Federal para brecar as investigações, dando a entender que ele tem culpa no episódio. E como tanto fiz nas minhas crônicas anteriores criticando Lula, seus bandidos, outros corruptos como Aécio Neves, Eduardo Cunha, Sérgio Cabral e muitos outros usurpadores do dinheiro público, não posso deixar de fazer o mesmo com o "filho do homem" diante de fatos tão evidentes de desvios de função e de conduta.

Para que eu continue no entanto, a ter a esperança verde e amarela deste governo que nos chegou com a força popular de um povo sofrido desejoso de mudanças, eu preciso dar o meu voto de confiança ao Presidente da República para colocar as coisas nos eixos e os pingos nos is. Porque sem os esclarecimentos e as providências que a população exige do governo para esta pisada na bola do seu filho Flávio, a mancha sombria nas cores da nossa bandeira não será apagada.

Logo, é preciso mostrar que as correções serão feitas independentemente de quem está sendo corrigido, com carteirada ou não. O importante é este governo não perder a credibilidade e a confiança do seu povo, viés fundamental para o seu sucesso e a retomada da "ORDEM E DO PROGRESSO" desse país maravilhoso.

Aguardemos, assim, pelo
"BRASIL DE TODOS" como diz o "slogan" do homem, lembrando que a Constituição Brasileira diz que "TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI." Logo, se ele errou, tem que pagar ou se explicar. Assim esperamos de um governo digno de exercer o seu mandato e que prometeu repelir qualquer ação negativa quando da sua campanha presidencial.

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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 21/01/2019
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